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Agentes expulsam indígenas do parlamento do Equador

Agentes motorizados da Polícia Nacional do Equador, guarda montada e militares, criaram cerco de proteção na praça que dá acesso ao local 

Internacional|Da EFE

Polícia expulsou manifestantes do parlamento
Polícia expulsou manifestantes do parlamento

As forças de segurança do Equador retomaram nesta terça-feira (8) o controle da Assembleia Nacional após centenas de integrantes de grupos indígenas terem invadido o local para pedir a saída do presidente do país, Lenín Moreno.

Agentes motorizados da Polícia Nacional do Equador, com apoio da guarda montada e de militares, conseguiram estabelecer um cerco de proteção na praça que dá acesso ao parlamento do país após a expulsão dos manifestantes do edifício.

Com uso da força e de bomba de gás lacrimogêneo, os policiais retiraram da entrada principal do parlamento os manifestantes que haviam invadido o local com bandeiras do país gritando "fora Moreno".

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As atividades parlamentares estavam suspensas hoje, uma medida tomada pela presidente da Assembleia Nacional após confrontos terem sido registrados na região na véspera.


A sede do parlamento fica perto de um parque usado como ponto de concentração por 10 mil integrantes dos movimentos indígenas do país. Amanhã, eles prometem organizar um grande protesto para exigir a revogação das medidas econômicas anunciadas pelo governo. Caso contrário, eles querem a saída de Moreno do poder.

Como pôde constatar a Agência Efe no local, os manifestantes romperam o cerco de segurança montado pela Polícia Nacional e invadiram o hall do parlamento, apesar dos pedidos das lideranças do movimento para que as forças de segurança não fossem provocadas.


Os policiais reagiram, dando início aos confrontos que se estenderam até a praça onde os indígenas estão concentrados, com várias explosões sendo ouvidas nos arredores do parlamento.

Moreno decretou estado de exceção no país na última quinta-feira para tentar conter os protestos. Ontem, acuado na capital, o presidente transferiu provisoriamente o governo federal de Quito para a cidade de Guayaquil, no sudoeste do país.


Em pronunciamento exibido em rede nacional de televisão, Moreno acusou o ex-presidente Rafael Correa de incentivar os protestos e estar por trás de uma tentativa de golpe de Estado. Outro alvo do discurso foi o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro".

Segundo Moreno, há agentes externos organizados para utilizar a mobilização dos indígenas para promover saques e ações para desestabilizar o governo.

Durante a madrugada, um grupo invadiu a sede da Controladoria-Geral do Estado em Quito. Depois do ataque, o Ministério Público e o Conselho da Magistratura também anunciaram que suspenderiam suas atividades nesta terça-feira.

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