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Alemanha lamenta falta de resposta do Irã sobre oferta nuclear

País disse que está pronto para continuar cooperando com agência da ONU; Israel pediu ações para impedir armas atômicas iranianas

Internacional|

O chanceler alemão, Olaf Scholz, durante uma coletiva de imprensa
O chanceler alemão, Olaf Scholz, durante uma coletiva de imprensa O chanceler alemão, Olaf Scholz, durante uma coletiva de imprensa

A Alemanha lamentou nesta segunda-feira (12) que Teerã não tenha respondido positivamente às propostas europeias para retomar o acordo nuclear de 2015, destacando as perspectivas sombrias de uma negociação em breve. Já Israel pediu ações para impedir que o Irã se torne um Estado com armas nucleares.

Dois dias depois de as potências europeias terem dito que tinham "sérias dúvidas" sobre as intenções do Irã a respeito do acordo, o país afirmou que estava pronto para continuar cooperando com a agência nuclear da ONU, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).

Mas também instou a AIEA a "não ceder à pressão de Israel" sobre as atividades nucleares de Teerã e também apresentou um drone capaz de atingir cidades no Estado hebreu, que ameaçou atacar instalações nucleares iranianas se a diplomacia não conseguir salvar o acordo.

No último sábado (10), França, Reino Unido e Alemanha questionaram o compromisso do Irã de retomar o pacto que restringe o programa nuclear de Teerã em troca do levantamento de sanções, comentários que foram rejeitados pelos iranianos e chamados de "muito prematuros" por Moscou.

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O Conselho de Governadores da AIEA reúne-se nesta segunda-feira, três meses depois de ter adotado uma resolução em que pedia ao Irã que desse respostas confiáveis ​​às investigações da agência sobre vestígios de urânio em três locais no país.

As nações ocidentais têm acusado a república islâmica de buscar armas nucleares. Já o Irã diz que o programa nuclear do país é pacífico e que as investigações da AIEA são politicamente motivadas.

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"O Irã anuncia sua cooperação construtiva com a agência como sua obrigação [...]. Embora o Irã tenha obrigações, também tem direitos", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanaani, em entrevista coletiva. "Naturalmente, o Irã espera ações construtivas da AIEA e dos membros de seu conselho administrativo."

Kanaani chamou a declaração europeia de sábado de "não construtiva".

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"Tanto os EUA quanto a Europa devem provar que não priorizam os interesses do regime sionista [Israel] ao tomar decisões políticas", disse ele.

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Após 16 meses de conversas indiretas entre Teerã e Washington, o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, disse, em 8 de agosto, que o bloco fez uma oferta final para superar um impasse sobre a retomada do acordo.

No início deste mês, o Irã enviou uma última resposta ao texto proposto pelo bloco. Diplomatas ocidentais disseram que foi um retrocesso, com Teerã buscando vincular a retomada do acordo com o encerramento das investigações da AIEA sobre os vestígios de urânio.

Em Berlim, o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que não há razão para que o Irã rejeite as propostas europeias de retomar o pacto nuclear.

"Estamos de acordo com Israel de que o Irã não pode obter armas nucleares [...]. Lamento o fato de o Irã até agora não ter conseguido dar uma resposta positiva às sugestões do coordenador europeu", declarou ele.

O primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, falando ao lado de Scholz, pediu uma ação coletiva para impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear e disse que é hora de superar as negociações fracassadas anteriores.

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