Aliados da Ucrânia alertam que estoque de munição está no fim
Estados Unidos estão com pouco dinheiro para substituir as armas, e Reino Unido enfrenta situação semelhante
Internacional|Do R7
Os aliados da Ucrânia estão ficando sem estoques de munição que podem fornecer à Ucrânia, informou Rob Bauer,o presidente do Comitê Militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A notícia veio à tona no Fórum de Segurança de Varsóvia, que aconteceu na capital da Polônia na terça-feira (3).
"O fundo do barril agora está visível", afirmou Bauer. "Precisamos que a indústria aumente a produção em um ritmo muito mais rápido."
Segundo a agência de notícias Associated Press, o Pentágono alertou o Congresso dos Estados Unidos que está com pouco dinheiro para substituir as armas enviadas à Ucrânia, e o país foi forçado a abrandar o reabastecimento de algumas tropas americanas.
Os Estados Unidos são o maior fornecedor de ajuda militar à Ucrânia e já forneceram cerca de R$ 381,1 bilhões ao país desde o início da guerra, há 588 dias, entre gastos com apoio militar, financeiro e humanitário.
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Nos EUA, o financiamento da ajuda à Ucrânia tornou-se um ponto focal de uma luta legislativa entre os legisladores e resultou na destituição do presidente republicano da Câmara, Kevin McCarthy.
O deputado Matt Gaetz, parte de um grupo de conservadores de extrema direita no Partido Republicano que se opõe ao aumento da ajuda militar à Ucrânia, apresentou a moção para destituir McCarthy do cargo de presidente da Câmara.
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O Reino Unido encontra-se em situação semelhante à dos Estados Unidos e, já teria ficado sem equipamento bélico que pode doar à Ucrânia, de acordo com o jornal britânico The Telegraph. Um alto funcionário militar britânico citado pelo veículo encorajou outros países a intensificarem seu apoio.
No fórum em Varsóvia, o Ministro do Estado das Forças Armadas do Reino Unido, James Heappey, admitiu que os suprimentos britânicos "parecem um pouco escassos". Ele acrescentou que isso não significa, no entanto, que o fluxo será interrompido.
"Temos que manter a Ucrânia na luta esta noite e amanhã e depois de amanhã e depois de amanhã. E se pararmos, isso não significa que [o presidente russo Vladimir] Putin pare automaticamente", disse Heappey.