Ambulância com feridos cruza fronteira e chega a Roraima
As duas caminhonetes continuam estacionadas em uma área considerada como neutra e a cerca de 300 metros do posto de controle fronteiriço da Venezuela
Internacional|Da EFE
Uma ambulância com supostos feridos cruzou neste sábado a fronteira entre o Brasil e a Venezuela, onde aguardam, do lado brasileiro, duas caminhonetes com ajuda humanitária para entrar no país caribenho, após o fechamento da divisa ordenado desde a última quinta-feira (21) pelo governo de Nicolás Maduro.
Cerca de 300 manifestantes antichavistas se aglomeram na fronteira entre ambos os países, na cidade de Pacaraima, à espera de que os militares venezuelanos abram o acesso para que os dois veículos, carregados com alimentos e remédios, entrem na Venezuela.
As duas caminhonetes continuam estacionadas em uma área considerada como neutra e a cerca de 300 metros do posto de controle fronteiriço da Venezuela, que está custodiado por militares venezuelanos que impedem o seu acesso.
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Em um determinado momento, uma ambulância procedente da Venezuela cruzou a fronteira e entrou em território brasileiro com pelo menos dois feridos, segundo fontes não oficiais.
O fato coincide com um suposto novo confronto no lado venezuelano entre a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) e os habitantes do estado Bolívar, segundo denunciou o deputado opositor Américo De Grazia.
Aparentemente, no lado venezuelano está acontecendo uma manifestação até a linha da fronteira com o Brasil, da qual participam vários deputados antichavistas, que estariam instalados em Santa Elena de Uairén, no estado Bolívar.
Ontem, outras duas ambulâncias já tinham cruzaram a divisa entre ambos os países e transferiram sete pessoas feridas em incidentes ocorridos em uma comunidade indígena venezuelana.
Esses feridos foram levados ao Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista, onde fontes médicas explicaram que todos foram baleados e três deles estão em estado grave.
Segundo deputados antichavistas, os fatos ocorreram durante um protesto de indígenas da etnia pemón que exigiam que a passagem da ajuda humanitária fosse permitida e foram reprimidos pelas autoridades venezuelanas.
De acordo a informações procedentes da Venezuela, pelo menos duas pessoas morreram nesses distúrbios e um total de 15 ficaram feridas, das quais várias foram levadas ao Brasil para receber tratamento.