Ambulâncias de Los Angeles escolhem quem levar ao hospital
Orientação das autoridades de saúde é não levar para o atendimento pacientes com poucas chances de sobreviver à covid
Internacional|Do R7
Paramédicos em Los Angeles, na Califórnia, estão tendo que selecionar quais pacientes atender e foram aconselhados a não levar aos hospitais pacientes com poucas chances de sobreviver à covid-19. A media seria necessária para reduzir o número de internações.
Segundo o jornal Los Angeles Times, as ambulâncias não vão transferir para hospitais os pacientes que tiveram parada cardíaca (mesmo com tentativas de ressuscitação), sem respirar, sem movimentos, pulso ou pressão arterial, e que foram declarados mortos no local.
Paramédicos terão que continuar tentando salvar o paciente no local até a pulsação voltar, e apenas depois de estabilizado, ele será levado ao hospital. Com os hospitais da cidade lotados, pacientes precisam esperar até 8 horas nas ambulâncias até conseguir um leito.
No domingo (3), a Agência de Serviços de Emergência Médica do Condado de Los Angeles emitiu uma nota informando às equipes de ambulâncias que o oxigênio só deve ser usado em pacientes cujo nível de oxigênio esteja abaixo de 90%.
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Los Angeles é um dos epicentros da pandemia do novo coronavírus nos Estados Unidos no momento e hospitais estão sobrecarregados. Segundo a publicação, hospitais estão dando alta a pacientes que, em situações normais, ficariam em observação.
A diretora da agência ressaltou que o fluxo de pacientes de agora pode ter relação com as reuniões e o feriado de Ação de Graças, e não ao Natal.
“Nós não acreditamos que o que estamos vendo agora sejam os casos do feriado do Natal”, disse. “Isso e os casos do Ano-Novo estão diante de nós e os hospitais estão fazendo tudo o que podem para se preparar”.
Pouco respeito às medidas de restrição
Apesar das medidas de restrição e alertas, Los Angeles manteve a intensa vida noturna, com festas e restaurantes lotados durante toda a pandemia. Pela internet, não é difícil encontrar casos de influencers e famosos se reunindo e ignorando as orientações contra a covid-19.
Segundo dados da universidade Johns Hopkins, a cidade tem mais de 818 mil casos confirmados de covid-19 e 10,7 mil mortes.