Análise: pressão dos EUA por mais investimentos da Europa na Otan é acertada, apesar de prazo irreal
Governo Trump estaria insatisfeito com a atuação dos europeus para reforçar defesa em meio à guerra na Ucrânia
Internacional|Do R7
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De acordo com mensagem transmitida em uma reunião nesta semana, os Estados Unidos querem que a Europa assuma a maior parte das capacidades de defesa da Otan até 2027. Para o pesquisador Lier Ferreira, porém, o prazo indicado é “irrealista”.
“Os Estados Unidos, nesta segunda gestão de Donald Trump, perceberam uma coisa óbvia, que a imensidade do orçamento militar norte-americano, neste ano fiscal de 2025, é de aproximadamente US$ 900 bilhões. Isso representa mais ou menos de 15 a 17% do orçamento militar total”, destaca em entrevista ao Conexão Record News.

Ele explica que essa porcentagem consiste em um valor que deixa de ir para inovação, produção, implementação de políticas industriais, comerciais — uma estratégia de investimentos que a China, concorrente pela liderança global, já estabeleceu. “É uma parcela que os Estados Unidos utilizam para garantir a primazia do seu poder em nível global, mas que vem afetando a capacidade norte-americana de produzir riqueza”.
De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, a transferência de responsabilidade mudaria drasticamente a forma como os norte-americanos trabalham com parceiros militares importantes. No encontro, autoridades indicaram que o governo Trump não estava satisfeito com os avanços que os europeus fizeram para reforçar as capacidades de defesa da aliança desde o início da guerra na Ucrânia.
Segundo Ferreira, do ponto de vista pragmático, as exigências norte-americanas estão corretas. Fontes próximas ao Pentágono disseram que se a Europa não cumprir o prazo de 2027, os Estados Unidos poderão deixar de participar de alguns mecanismos de coordenação de defesa da Otan.
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