Análise: servidor público americano não está preparado para ‘shutdown’ por não possuir reservas financeiras
Governo dos EUA paralisou diversas atividades após Congresso não aprovar extensão no orçamento
Internacional|Do R7
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O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação, nesta quarta-feira (1º), depois que o Congresso não conseguiu chegar a um consenso sobre o projeto de orçamento que estendia o financiamento federal para o funcionamento do país. Sem os recursos, parte dos serviços públicos será suspensa, além da pausa no pagamento dos salários de funcionários públicos.
A paralisação do governo impede os gastos inclusive com folhas de pagamentos, com milhares de funcionários podendo ficar em licença, enquanto os outros, que trabalham em serviços essenciais, podem ter os salários suspensos. Mesmo com a paralisação, conhecida como “shutdown”, as negociações entre os parlamentares continuam.
Apesar de afetar diretamente o país norte-americano, efeitos secundários podem refletir em outros países, como no Brasil, é o que aponta Carla Beni, economista e professora da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Em entrevista ao Conexão Record News desta quarta, economista destaca que, além dos funcionários americanos no Brasil, processos como a emissão de vistos podem demorar mais pelas paralisações: “Se alguém tiver que receber um passaporte numa devolução, porque você deixou o passaporte lá para fazer o seu visto, ele também pode atrasar”.
Carla explica que a medida votada no Congresso é um complemento ao orçamento, aprovado no final do ano anterior e que não foi suficiente para suprir os gastos. Ela lembra que está é a 15ª vez que o país chega nesse ponto, com a possibilidade da negociação ser usada para objetivos políticos.
“E aí vai ficar o cabo de guerra de quanto que os republicanos e os democratas vão continuar fazendo esse cabo de guerra, e infelizmente a população que acaba pagando a mesma conta”, completa.
A economista ainda acende o alerta de que a população americana possa passar por dificuldades financeiras, uma vez que grande parte dos cidadãos médios não possuem fundos de reserva.
“Da última vez que aconteceu isso, por 35 dias, as associações de funcionários públicos tiveram que se reunir, inclusive até para distribuir cesta básica para as pessoas, porque as pessoas não têm condições de viver sem os seus recebimentos”, finaliza.
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