Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Anne Frank e seu diário se tornam série de vídeo e atraem milhões

Ao R7, curador do Memorial do Holocausto afirma que esta é, no momento, a melhor linguagem para manter jovens informados sobre o tema

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Anne Frank é abraçada pela irmã, na série
Anne Frank é abraçada pela irmã, na série

E se Anne Frank tivesse uma câmera em vez de um diário?

Escrever um diário sempre foi um recurso usado pelos adolescentes para expressar sentimentos, contar segredos, falar sobre a vida. Inclusive em situações dramáticas, como a da menina Anne Frank, de 13 anos, cujo relato ficou conhecido.

Leia mais: Diário de Anne Frank ganha vida em série de vídeos

Agora, no entanto, a história da garota que viveu escondida, por dois anos, no anexo secreto de um edifício em Amsterdã ganhou a linguagem dos jovens atuais: como selfies em vídeo.


A iniciativa faz parte de um projeto de modernização do Anne Frank House (Museu de Anne Frank), construído no local em que ela se escondeu, A instituição, que teve as dependências reformadas em novembro de 2018, busca ampliar o alcance da mensagem humanitária que emerge do drama da jovem.

A websérie no YouTube, produzida pela própria Anne Frank House, em parceria com a Every Media, estreou há algumas semanas e já alcançou quase 2 milhões de visualizações.


"Anne Frank é um dos grandes ícones da divulgação do Holocausto, a pessoa mais popular de toda a história do Holocausto. É ela que atinge os jovens e mantém conhecido esse triste momento. Já foram feitos livros, filmes e peças, mas essa ideia da série na web é genial. É o melhor caminho atualmente para se alcançar esse público, essa é a linguagem dos jovens que prevalece hoje em dia", diz o escritor Márcio Pitliuk, curador do Memorial do Holocausto em São Paulo.

Junto com Anne, havia no local a irmã Margot, o pai Otto, a mãe Edith e outros quatro conhecidos, que se transferiram para o este sótão da sede da empresa do pai dela, com a esperança de que pudessem sair assim que os nazistas fossem derrotados na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


A história reconta os escritos do Diário de Anne Frank, a rotina e os anseiso das pessoas escondidas, entre 6 de julho de 1942 e 4 de agosto de 1944, quando foram denunciadas por um informante, até hoje desconhecido, e capturadas por oficiais nazistas. Anne acabou morrendo em campo de concentração no ano seguinte.

Leia também

Para Pitliuk, apesar da impressão de simplicidade da série, há toda uma estrutura de produção, com figurinos e cenários similares aos da época. Anne Frank é interpretada pela atriz holandesa Luna Cruz Perez, de 13 anos, que soube como expressar as características da jovem, segundo ele.

A série, em 15 episódios, é falada em holandês, com legendas em português, alemão, inglês e espanhol. Pode ser vista em mais de 60 países no youtube.com/annefrank.

Novos episódios são lançados todas as segundas e quintas-feiras às 16h, horário de Amsterdã.

E a pergunta do início do texto, feita em um informe da Conib, pode chegar a respostas, pelo menos na imaginação. A câmera e o diário são duas maneiras de revelar a alma humana, fazendo a arte imitar a vida. Ou vice-versa.

Museu se moderniza para contar história de Anne Frank para jovens

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.