Apesar de alertas, EUA dizem que reduzem isolamento com segurança
Autoridades de saúde do país apontam que afrouxas as medidas agora pode desencadear uma nova onda do surto da covid-19
Internacional|Do R7
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (22) que o país está começando uma reabertura segura dos negócios, mesmo com algumas autoridades de saúde alertando que afrouxar as medidas de isolamento muito rapidamente pode desencadear uma nova onda de casos de covid-19.
Um tuíte de Trump no início desta manhã demonstrou apoio aos governadores de vários Estados do sul que estão afrouxando as diretrizes de distanciamento social que fecharam negócios e confinaram os moradores em suas casas.
"Os Estados estão voltando com segurança. Nosso país está começando a abrir para negócios novamente. Cuidados especiais são e sempre serão dados aos nossos amados idosos (exceto eu!)", escreveu Trump,.
Um desses Estados é a Georgia, que deu sinal verde para a reabertura de academias, salões de beleza, boliches e estúdios de tatuagem a partir de sexta-feira (24), seguidos de cinemas e restaurantes na próxima semana.
A decisão de abrandar as restrições opôs alguns empresários e outros interessados em retomar a economia contra um público cauteloso e autoridades de saúde alertando sobre um possível ressurgimento de infecções.
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"Toda essa ideia de reabrir é uma questão para preocupação. É baseada em parâmetros não gerados pela ciência", disse Boris Lushniak, reitor da Escola de Saúde Pública da Universidade de Maryland, em entrevista à Reuters nesta semana.
Uma pesquisa de opinião realizada pela Reuters/Ipsos mostrou que a maioria dos norte-americanos acredita que as ordens de confinamento devem permanecer em vigor até que as autoridades de saúde pública determinem ser seguro suspendê-las, apesar dos danos à economia dos EUA.
Uma série de protestos eclodiu na semana passada, pedindo a suspensão das restrições.
As mortes por Covid-19, a doença respiratória causada pelo novo coronavírus, ultrapassam 45 mil em todo o país, enquanto os casos confirmados subiram para mais de 811 mil, de acordo com um monitoramento da Reuters.