Após 21 dias de guerra, primeiros médicos estrangeiros chegam a Gaza
Equipe com dez profissionais entrou no enclave palestino junto com dez caminhões com ajuda humanitária, como água e remédios
Internacional|Do R7
Uma primeira equipe de dez médicos estrangeiros da Cruz Vermelha entrou nesta sexta-feira (27) pela passagem egípcia de Rafah em direção à Faixa de Gaza juntamente com um comboio composto de dez caminhões carregados de ajuda humanitária, mas sem combustível, segundo informaram várias fontes.
O porta-voz do lado palestino da travessia, Wael Abu Omar, disse em comunicado que uma “delegação médica composta de dez médicos estrangeiros” entrou na Faixa através de Rafah junto com outros dez caminhões carregados com água, alimentos e remédios.
Com essa nova entrada de ajuda humanitária, são agora 84 caminhões, em seis lotes, que chegaram ao enclave palestino através do Egito desde que Israel permitiu a passagem de ajuda humanitária em Gaza, no último sábado (21).
Por sua vez, fontes do lado egípcio de Rafah confirmaram à agência de notícias EFE que a equipe de dez médicos pertence à Cruz Vermelha, organização que tem gerido a entrada de ajuda através da travessia, mas não especificaram as nacionalidades.
Da mesma forma, detalharam que o novo carregamento de ajuda humanitária não inclui combustível, recurso que as autoridades israelenses não permitem que entre e que é extremamente necessário para abastecer hospitais, centrais de dessalinização e outros serviços essenciais.
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A coordenadora humanitária das Nações Unidas para os Territórios Palestinos, Lynn Hastings, disse hoje, durante coletiva de imprensa em Jerusalém, que os geradores de emergência que alimentam muitos serviços essenciais “estão sendo desligados um a um devido à falta de combustível”.
No entanto, acrescentou que uma quantidade limitada de combustível consegue entrar em Gaza através de uma estação de bombeamento “paga pelo Catar e trazida para Rafah com o conhecimento de Israel”.
Dessa forma, a Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), uma das principais organizações humanitárias que operam em Gaza, obteve nesta quinta-feira acesso a 200 mil litros de combustível, em um momento em que necessita de cerca de 130 mil diariamente, explicou Hastings aos jornalistas.
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