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Após onze meses de guerra, Rússia, Ucrânia, Otan e EUA continuam a cometer os mesmos erros 

A escalada bélica a que assistimos até hoje nos coloca cada vez mais próximos de uma crise ainda mais assustadora, a nuclear

Internacional|Do R7

Guerra na Ucrânia: perto de completar um ano, longe do fim
Guerra na Ucrânia: perto de completar um ano, longe do fim

A guerra na Ucrânia completa onze meses nesta terça-feira (24). Daqui a um mês, infelizmente, tudo indica, voltaremos ao mesmo assunto, por ocasião do aniversário dessa tragédia de proporções mundiais: não há nenhum sinal de que o conflito terá desfecho no curto prazo, por absoluta falta de líderes mundiais capazes de propor alternativas de pacificação.

Os russos imaginavam que seria um ataque breve e fulminante. Boa parte dos especialistas também. Quem poderia imaginar que uma potência bélica como a Rússia, uma nação temida por seu poderio militar, iria enfrentar uma resistência surpreendente dos ucranianos?

Putin agiu de forma criminosa ao invadir o país vizinho. Teve seus motivos geopolíticos, afinal a Otan e os EUA não escondem seus interesses globalistas de expansão (descabida) aos territórios eslavos. Era para ser uma disputa diplomática, dura, mas sem derramamento de sangue.

Faltou liderança de todos os lados, principalmente após a saída de cena da ex-primeira-ministra alemã Angela Merkel, com seu pragmatismo e inteligência indiscutíveis. O mundo assistiu, então, ao acúmulo de declarações hostis, irracionais e mútuas de presidentes e chanceleres se recusando a enxergar que entraríamos todos em uma crise mundial econômica planetária.


A escalada a que assistimos até hoje nos coloca cada vez mais próximos de uma crise ainda mais assustadora, a nuclear. Não se trata de alarmismo ou leitura catastrófica. A Ucrânia não dá sinais de recuo, a Rússia não fala em abrir mão de suas exigências e a Otan não para de alimentar o Exército ucraniano com bilhões de dólares em armamentos de ponta.

O conflito já deixou cerca de 180 mil mortos ou feridos nas fileiras russas. Do lado ucraniano, a contagem é de 100 mil soldados e 30 mil civis mortos. Isso segundo estimativa de um país não envolvido diretamente, a Noruega.


Como sempre acontece, essa mortandade já está sendo naturalizada pelo noticiário. O horror já está no cotidiano, as economias vão juntando seus cacos e voltando a uma nova normalidade. A China se consolida como a grande ganhadora no cenário político internacional, não por falta de aviso, já que a Rússia se viu obrigada a se aproximar de Pequim.

E os líderes ocidentais, capitaneados pelas fanfarronices do presidente americano, Joe Biden, continuam ostentando o fósforo aceso em cima de um barril de pólvora. E ignoram que essa metáfora pode se tornar, em breve, composta de ogivas nucleares.

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