Argentina detecta sinal que pode levar a submarino desaparecido
O submarino San Juan sumiu em 15 de novembro de 2017 com 44 pessoas e jamais foi encontrado; o sinal foi localizado a 280m de profundidade
Internacional|Da Ansa Brasil
O ministro da Defesa da Argentina, Oscar Aguad, disse nesta sexta-feira (21) que um "sinal importante" foi detectado no mar a 281 metros de profundidade e as autoridades analisam para ver se trata-se do submarino Ara San Juan, desaparecido no dia 15 de novembro de 2017, com 44 pessoas a bordo.
"Encontramos um sinal importante em 281 metros. Surpreendo-me que não tenhamos visto antes. Há outro objeto que foi visto na quinta-feira em um ponto mais profundo, vamos verificá-los agora", explicou Aguad, na sede do governo argentino.
"Eu espero que seja o ARA San Juan, mas a Ocean Infinity [empresa encarregada das buscas] teve vários contatos e, até agora, não conseguimos encontrar o submarino perdido", alertou o ministro.
O submarino ARA San Juan teve sua última comunicação nas primeiras horas do dia 15 de novembro de 2017, quando o comandante informou aos seus superiores que a embarcação apresentava princípios de incêndio em um compartimento de baterias.
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De acordo com a Armada Argentina, o problema foi resolvido e o submarino pôde seguir viagem até o destino final. O desaparecimento do ARA San Juan é um caso aberto na Justiça, o que é alvo de críticas pelos familiares das vítimas. Além disso, está em curso também, uma investigação interna na Armada.
O equipamento, desaparecido no Oceano Atlântico com 44 membros da tripulação, realizava não somente manobras de treinamento, mas também espionagem de navios britânicos.
A informação já havia sido confirmada pelo chefe do Gabinete argentino, Marcos Peña. Ele afirmou que "o objetivo tático prioritário da patrulha era a localização, identificação, registro fotográfico de navios frigoríficos, logísticos, petrolíferos que realizavam contrabando com um navio pesqueiro".
O legislador também especificara que a atividade de navios e aeronaves britânicas era monitorada desde as Ilhas Malvinas - território insular motivo de um confronto entre Argentina e Reino Unido em 1982.