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Argentina extradita suspeito de vender cocaína adulterada

Dezenas de pessoas tiveram problemas de saúde após consumir droga supostamente vendida por traficante paraguaio

Internacional|Do R7, com informações da Agência EFE e AFP

Conhecido como Paisa, suspeito será expulso após ter vendido cocaína adulterada
Conhecido como Paisa, suspeito será expulso após ter vendido cocaína adulterada

A Argentina determinou a expulsão e proibiu a entrada, de forma permanente, do principal detido pela venda de cocaína adulterada que matou 23 pessoas e deixou várias internadas na província de Buenos Aires.

O paraguaio Joaquín Aquino, apelidado de Paisa, foi preso pela polícia na última quinta-feira (3), após operações realizadas em toda a zona norte e oeste da província.

"A DNM [Direção Nacional de Migrações], que depende do Ministério do Interior, ordenou a expulsão do país, com proibição permanente de reentrada, de Joaquín "Paisa" Aquino, ligado ao caso da cocaína envenenada", informou a entidade em comunicado oficial.

O suposto traficante é suspeito pela Justiça argentina de fornecer as drogas apreendidas nas proximidades de Puerta 8, um assentamento de emergência localizado em Tres de Febrero, em Buenos Aires.


Segundo o documento, Aquino teve a residência negada e foi expulso do país, com proibição de reentrada durante oito anos, mas essa medida nunca foi cumprida, uma vez que já estava foragido da Justiça desde 2018.

"A decisão da agência de migração se deveu ao fato de Aquino ter tido condenações por posse ilegal de uma arma de guerra e por tráfico de drogas na sua modalidade de posse para fins de comercialização", explicou a chefe da DNM, Florencia Carignano.


"A DNM emitiu a expulsão e proibiu a reentrada de Joaquín Aquino, agora permanentemente, uma decisão que se tornará efetiva quando cessar o interesse da Justiça na pessoa", acrescentou.

Caso de polícia

Durante a detenção de Paisa, os agentes de segurança apreenderam uma pistola Glock com o número de série apagado e material para 5.000 doses de cocaína.


Como resultado dessas operações policiais, foram apreendidas até agora entre 12.600 e 13.600 doses prontas para consumo, embaladas de forma semelhante à das adquiridas pelas vítimas.

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Nesta semana 23 pessoas morreram devido ao uso de cocaína adulterada e 84 outras foram internadas em hospitais de Buenos Aires, mas o governo provincial informou que o número de pacientes continua diminuindo.

"Atualmente há 30 pessoas internadas, dez delas com assistência respiratória mecânica. Além disso, há nove em observação em serviço", diz o comunicado.

As autoridades mantêm o "alerta epidemiológico" para intoxicação por opiáceos e, segundo o Ministério da Saúde, foi aplicado naloxona em todos os casos de pacientes intoxicados, um medicamento poderoso que reverte rapidamente os efeitos da overdose.

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