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Argentina: Macri diz que negocia empréstimo de US$ 30 bi com FMI

Segundo presidente, medida busca evitar crises e 'equilibrar o desastre que nos foi deixado em nossas contas públicas'. Mercado reagiu positivamente

Internacional|Do R7

Macri pediu ajuda ao FMI
Macri pediu ajuda ao FMI

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, disse nesta terça-feira (8) que iniciou negociações financeiras com o FMI (Fundo Monetário Internacional), diante de uma perspectiva global mais complicada para a economia: "Há poucos minutos falei com a diretora Christine Lagarde, e ela confirmou que começaremos a trabalhar em um acordo hoje", disse Macri em um pronunciamento à nação.

Segundo informações divulgadas pelo jornal argentino Clarín, o apoio da entidade internacional seria de valores entre 20 e 30 bilhões de dólares (aproximadamente 107 bilhões de reais).

O mandatário ressaltou que a medida "busca equilibrar o desastre que nos foi deixado em nossas contas públicas" e explicou que o plano que tem para o governo da Argentina "depende muito do financiamento externo".

O movimento foi notável dado que muitas pessoas no país ainda culpam o FMI pelas políticas que levaram a um colapso financeiro e econômico em 2001 e 2002 — quando milhões de argentinos foram da classe média à pobreza.


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"Isso nos permitirá fortalecer nosso programa de crescimento e desenvolvimento, dando-nos maior suporte para enfrentar este novo cenário global e evitar crises como as que tivemos em nossa história", disse Macri ao defender sua decisão de recorrer ao FMI.

O mercado acionário local reagiu positivamente às declarações de Macri. O índice Merval, que começou o dia em baixa de 5,3 por cento, reduziu as perdas para 1,6 por cento.


O peso passou a recuar 1,92 por cento, a 22,4 por dólar, após Macri falar. Mais cedo, ele havia caído 6,5 por cento, para a nova mínima recorde de 23,5 pesos por dólar.

"Uma linha de crédito do FMI é a opção menos cara para o crescimento na Argentina. Isso ajudará a reduzir o risco país", escreveu no Twitter Miguel Kiguel, ex-secretário de Finanças argentino que dirige a consultoria Econviews.

Macri foi eleito no final de 2015 com uma plataforma favorável a investimentos após oito anos de comando de Cristina Kirchner.

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