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Argentina: setor alimentício ameaça congelamento de preços

Empresas alegam não ser responsáveis pela alta inflacionária e temem que governo implante plano por decreto

Internacional|Do R7. com EFE

Alimentos subiram 53,4% em setembro na Argentina
Alimentos subiram 53,4% em setembro na Argentina Alimentos subiram 53,4% em setembro na Argentina

Apesar do otimismo demonstrado pelo governo nos últimos dias, a entidade que reúne as empresas de alimentos da Argentina afirmou, nesta terça-feira (19), que ainda faltam condições para que elas aceitem um acordo para retroagir e congelar os preços de cerca de 1.650 produtos que fazem parte da cesta básica até o início de janeiro.

Leia também: Contra inflação, Argentina vai congelar preços de 1,2 mil produtos

O congelamento é uma tentativa de conter a inflação, que, de acordo com os últimos dados oficiais disponíveis, disparou 52,5% em setembro em relação ao mesmo mês de 2020 e acumulou alta de 37% nos primeiros nove meses de 2021.

"Pensamos que os preços têm que voltar e se estabilizar por 90 dias, e aproveitar um cenário de maiores níveis de consumo que os empresários vão registrar em termos de quantidade, e não de preço", disse o secretário de Comércio Interior, Roberto Feletti, que lidera as negociações com o setor empresarial.

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Em um comunicado, no entanto, o presidente da Coordenadora da Indústria de Produtos Alimentícios (Copal), Daniel Funes de Rioja, disse que ainda "não há condições" para fechar o acordo com o governo.

"O argumento de que a inflação se acelerou devido ao aumento de preços da categoria de produtos de alimentos e bebidas perde sentido, já que existem outros setores cujos preços crescem acima dos índices inflacionários", disse a entidade.

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No conjunto de alimentos e bebidas, foram registrados um aumento interanual de 53,4% em setembro e uma alta de 36,6% desde o início deste ano.

A ideia do governo é que as empresas façam os preços dos produtos selecionados recuar até os patamares registrados em 1º de outubro último e que eles permaneçam congelados até o início de janeiro de 2022. Caso os empresários não fechem um acordo, a medida poderá ser tomada por decreto governamental. O prazo inicial era o meio-dia desta terça.

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Fontes da Secretaria de Comércio Interior afirmaram ao site Infobae que as propostas dos empresários foram incorporadas à lista elaborada pelo governo.

"Apostamos que haverá um acordo. A situação é que na primeira quinzena de outubro vimos uma aceleração irracional dos preços. Queremos diálogo, mas todo esse trabalho não pode ser feito com aumentos que estão fora de qualquer tipo de sensatez", disseram.

Segundo o Infobae, a lista que o governo enviou às empresas tem 598 páginas e é composta de quase 30 mil itens, já que contém o preço de cada produto nas diferentes regiões do país. Esses valores listados são os que devem ser cobrados da população.

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