Arqueólogos encontram múmia de 3 mil anos em Lima, no Peru

Corpo é de uma pessoa que viveu nos vales de Lima entre 1.500 e 1.000 anos antes de Cristo

15/06/2023 - 07h14 (Atualizado em 15/02/2024 - 19h06)

Arqueólogos peruanos informaram nesta quarta-feira (14) que descobriram uma múmia de aproximadamente 3 mil anos em Lima, a mais recente descoberta no país andino datada dos tempos pré-hispânicos.

Inicialmente, estudantes da Universidade de San Marcos e pesquisadores encontraram restos de cabelo e crânio da múmia em um pacote de algodão durante a escavação, antes de descobrir o restante da múmia.

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A múmia provavelmente era da cultura manchay, que se desenvolveu nos vales de Lima entre 1.500 e 1.000 a.C., disse o arqueólogo Miguel Aguilar, e estava associada à construção de templos montados em forma de U que apontavam para o nascer do sol.

A pessoa "foi deixada ou oferecida (como sacrifício) durante a última fase da construção deste templo", disse Aguilar. "Ela tem aproximadamente 3 mil anos."

Arqueólogos desenterraram outros itens que estavam junto ao corpo, incluindo milho, folhas de coca e sementes, que eles acreditam que podem ter sido parte de uma oferenda.

Resgate?

De acordo com o Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar, ainda no dia 17, foi recebida uma "informação proveniente do terreno que garante o contato com as quatro crianças", indicando que "haviam sido encontradas com vida e em bom estado de saúde". "No entanto, as forças militares ainda não haviam conseguido estabelecer contato oficialmente devido às difíceis condições meteorológicas e às dificuldades do terreno, por isso, incansavelmente, continuam os trabalhos de busca", ressaltou a entidade em nota. Em declaração mais recente, na tarde de quinta (18), as autoridades só informaram sobre a descoberta de uma pegada fresca sobre a lama que suspeitam ser de um dos menores

Rastros e perguntas

Entre 15 e 16 de maio, soldados encontraram, no sul do departamento (estado) de Caquetá, os corpos do piloto e dos outros dois adultos. A pequena aeronave ficou presa entre árvores com a frente destruída. Não havia notícias das crianças. Um cachorro treinado encontrou uma mamadeira em um ponto afastado do local do acidente. Floresta adentro, foram encontrados sapatos, roupas e uma fruta mordida

Gustavo Petro, presidente da Colômbia, e sua filha, Sofia Petro, visitam as crianças que ficaram 40 dias perdidas na flosta após acidente de avião. AFP PHOTO / COLOMBIAN PRESIDENCreY

A irmã mais velha, que tem apenas 13 anos, teria sido a responsável por encontrar alimentos e água para todos. Os restos de frutas que as equipes encontravam pelo caminho indicavam a direção a ser seguida e davam pistas de que os irmãos estavam vivos.
As crianças ainda conseguiram encontrar as caixas de mantimentos que o Exército colombiano lançou na área onde elas estavam perdidas

O desfecho mais recente após o resgate foi a descoberta de que o pai de dois dos irmãos foi acusado pela família de agredir a ex-mulher e de abusar de uma das meninas. Ele nega que tenha cometido algum crime contra os filhos, mas confirma que bateu mais de uma vez na mãe das crianças

O país acreditou em um resgate que parecia milagroso quando o presidente, Gustavo Petro, anunciou na última quarta-feira (17) que os irmãos — de 13, 9 e 4 anos, além do bebê de 11 meses — haviam sido encontrados com vida. Mas no dia seguinte, o líder colombiano voltou atrás e disse que essa informação ainda não havia sido confirmada. Uma mamadeira, uma pegada e um abrigo improvisado encontrados indicam que os menores sobreviveram ao acidente aéreo, que deixou três mortos, mas o mistério cresce com o passar das horas sem notícias o paradeiro deles