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Assassinato de general revela diferenças de atuação entre Rússia e Ucrânia na guerra; veja análise

Investigação analisa envolvimento da Inteligência ucraniana no ataque que vitimou Fanil Sarvarov

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Um general russo, Fanil Sarvarov, foi morto em um atentado com carro-bomba em Moscou.
  • Investigações sugerem possível envolvimento da inteligência ucraniana, acrescentando ao histórico de ataques a oficiais russos.
  • A especialista Giovana Branco observa uma diferença nas táticas: ataques ucranianos são diretos, enquanto a Rússia atinge civis na Ucrânia.
  • O Kremlin pode usar o ataque para justificar aumento de financiamento e tropas, enquanto um acordo de paz ainda parece distante.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Um general do alto escalão russo foi morto na explosão de um carro-bomba nesta segunda-feira (22) em Moscou. Uma das linhas de investigação analisa o possível envolvimento dos serviços de Inteligência da Ucrânia, já que o assassinato de Fanil Sarvarov se soma a uma série de ataques contra oficiais de alta patente do país. Autoridades russas falam em aumento das medidas de segurança.

“A gente tem visto também esse envolvimento do Serviço Secreto ucraniano no próprio território russo, mas de uma forma bastante pontual”, destaca a pesquisadora Giovana Branco, em entrevista ao Conexão Record News. Em dezembro de 2024, outro tenente-general morreu em circunstâncias similares, em um atentado reconhecido por Kiev.


Ucrânia tem histórico de ataques pontuais contra militares do alto escalão russo Reprodução/Record News

A especialista diz que, ainda assim, existe o medo de que algum tipo de ataque possa acontecer contra cidadãos russos. Mas que o caso em questão demonstra uma diferença muito grande sobre a atuação dos dois países no conflito: enquanto os ataques ucranianos são direcionados, a Rússia tem, de fato, atingido a população civil da Ucrânia.

Espera-se que a chegada do inverno traga também a intensificação das ofensivas russas no território. Branco acredita que o episódio recente pode ser convertido em vantagens discursivas para o Kremlin. “Toda vez que a gente tem algum tipo de ataque dentro do território russo, isso é mobilizado em termos discursivos para conseguir maior financiamento ou mesmo justificar trazer mais soldados para o exército russo”, explica.


Para a pesquisadora, um acordo de paz no Leste Europeu ainda não está tão próximo. “Existe uma série de concessões que precisam ser realizadas. No caso da Rússia, eu diria que um cessar-fogo é possível apenas se for muito bem delimitado que as garantias de segurança que a Rússia tem pedido serão atingidas”.

Hoje, o principal discurso do Kremlin para qualquer tipo de negociação envolve o impedimento da entrada da Ucrânia na Otan e alguma garantia legal sobre a população russófona no país. A especialista destaca que, para a população russa, a guerra é vista não necessariamente pela ótica da agressão, mas como uma tentativa de defender os russos que vivem em território ucraniano.

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