Assassino condenado à morte processa estado dos EUA após tentativa frustrada de executá-lo
Defesa do preso alega 'angústia física e mental' após médicos tentarem achar veia 18 vezes para aplicar injeção letal
Internacional|Gabriel Herbelha*, do R7
Um homem sentenciado à morte no Alabama, nos Estados Unidos, entrou com uma ação federal contra o estado após a injeção letal aplicada nele falhar no dia da execução. Alan Eugene Miller, condenado pelo assassinato de três pessoas, alegou que os funcionários da prisão o cutucaram com agulhas, e que a experiência causou “angústia física e mental”.
A execução frustrada do assassino veio após os médicos não conseguirem encontrar a veia nos braços do preso para aplicar a injeção letal em 18 tentativas. Advogados de Alan alegam que a equipe do presídio tentou fazer a aplicação pelos pés, mas também sem sucesso.
"O Sr. Miller podia sentir as veias sendo empurradas dentro de seu corpo por agulhas. Enjoado, desorientado, confuso e com medo de estar prestes a ser morto, com sangue vazando de algumas de suas feridas", relata a defesa do preso sobre a experiência dele no ‘corredor da morte’
Agora, a equipe de advogados de Miller está buscando a proibição de qualquer método de execução que não seja o de preferência do condenado, que escolheu a hipóxia de nitrogênio, em que o preso coloca uma máscara, e ao inalar o nitrogênio, tem a morte provocada por falta de oxigênio no corpo.
O método de execução foi aprovado no Alabama e em mais dois estados norte-americanos em 2018, mas ainda não foi testado. Autoridades já estão procurando uma nova data para cumprir a pena de Miller.
O atraso para que execução seja cumprida ocorre justamente por conta da submissão da defesa do acusado, que pede essa maneira específica para ser morto, excluindo ele da injeção letal.
Preso desde 1999, há mais de duas décadas, Alan Eugen enfrenta a pena de morte por matar três pessoas a tiro no mesmo ano. As vítimas eram dois colegas de trabalho e uma pessoa que trabalhou com o assassino anos antes.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Lucas Ferreira