Ataque dos EUA com drone remete a séries e filmes de Hollywood
Aeronave com mísseis usada pela 1ª vez em 2001 logo inspirou diretores; Missão Impossível 3 mostra drone perseguindo personagem de Tom Cruise
Internacional|Do R7
O uso de drones para ataques militares, estratégia usada pelos Estados Unidos para matar o general iraniano Qasem Soleimani na última sexta-feira (3) no Iraque, remete a séries e filmes de ação americanos que já representaram essa tática militar de diferentes formas.
A tecnologia começou a ser usada nos anos 50 para espionagem e foi melhorada por décadas pelos exércitos de Israel e dos EUA, chegando a ser usada pelo Irã nos anos 80 como arma. Sua forma mais moderna, com mísseis, é usada desde 2001 pelos EUA principalmente em ataques no Afeganistão e no Iraque na chamada Guerra ao Terror, realizada como resposta ao “Onze de Setembro”.
Poucos anos depois, o uso de drones com mísseis já era amplamente usado nas telinhas. O filme "Missão Impossível 3", de 2006, mostra o astro Tom Cruise em cima de uma ponte lutando para sobreviver aos ataques de um drone em meio a diversas explosões.
Foram pelo menos 60 aparições dessas aeronaves em filmes, segundo sites especializados em cinema. Passando por obras como Robocop e Transformers e voltando ao ator Tom Cruise em 2020, com a continuação do filme Top Gun, que deve ser lançada no meio do ano.
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A tecnologia não é tema apenas de cenas de ação. A série Homeland, com a atriz Claire Danes, tem foco em política externa e combate ao terrorismo e também mostra o uso de drones.
Vantagens
A estratégia militar tem uma clara vantagem em relação ao uso das aeronaves tradicionais que é eliminar a chance de morte de pilotos.
É o que possibilita o MQ-9 Reaper, drone usado pela EUA na ação desta semana. O drone foi pilotado possivelmente de uma das duas bases especializadas instaladas no estado de Nevada, no centro-oeste dos EUA, com o uso de satélites.
A aeronave tem 20 metros de envergadura e 11 de largura e pesa mais de 2 toneladas. Segundo a imprensa americana, a aeronave não sai por menos de US$ 11 milhões. Atualmente, a Força Aérea Americana conta com 93 desses drones na frota.
Com sensores e radares modernos, o aparelho permite precisão no ataque. Pode voar acima dos aviões comerciais, a velocidade de até 440 km/h, e participar também de operações de resgate.
O uso dos drones, assim como de outras armas, também por vezes implica a morte de civis nas ações militares e levanta questionamentos. Isso é retratado em vários dos diversos filmes e série que abordam esse tipo de estratégia militar, caso do longa “Decisão de Risco”, de 2015.
Diferentemente de outras obras que apenas mostram ataques com drones de forma rápida, esse filme é composto basicamente do monitoramento de terroristas no Quênia e da decisão que militares precisam fazer de ordenar o ataque ou não, considerando a iminente possibilidade de matar civis.