Ataques aéreos russos matam 11 combatentes pró-Turquia na Síria
Bombardeios tiveram como alvo uma escola que servia de quartel-general e campo de treinamento para o grupo rebelde
Internacional|Do R7
Pelo menos onze combatentes de um grupo sírio pró-turcos morreram neste domingo (26) em ataques russos em uma área controlada pela Turquia e seus aliados locais no norte da Síria, informou o OSDH (Observatório Sírio para os Direitos Humanos).
"Onze combatentes da divisão Hamza morreram e outros treze ficaram feridos em ataques da Força Aérea russa no vilarejo de Brad, na região de Afrin", localizada na província de Aleppo, no norte do país, disse o OSDH.
Os ataques tiveram como alvo uma escola que servia de quartel-general e campo de treinamento para o grupo rebelde, destruindo algumas de suas paredes. Esforços estão em andamento para resgatar eventuais sobreviventes ou cadáveres presos sob os escombros, de acordo com o Observatório.
Os aviões russos realizaram dez ataques aéreos desde sábado na região de Afrin, disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, descrevendo os bombardeios russos nesta zona como "raros".
"A mensagem da Rússia é clara, quer pressionar os turcos (...) e garantir que não haja fronteiras e nem linhas vermelhas" para sua ação e seus objetivos militares na Síria, disse um responsável do "Exército Nacional", uma coalizão de grupos rebeldes pró-Ancara, chamando os ataques aéreos russos de "crime".
A Rússia, aliada do regime sírio, e a Turquia, que apoia grupos rebeldes, são dois atores importantes no conflito sírio e em 2020 patrocinaram um acordo de cessar-fogo na região de Idlib, no noroeste da Síria, que ainda escapa ao controle de Damasco.
Localizada na província de Aleppo, a região curda de Afrin foi conquistada em março de 2018 pelas forças turcas e grupos sírios. Iniciada em 2011 por protestos pró-democracia, a guerra na Síria cresceu em complexidade ao longo dos anos e deixou cerca de meio milhão de mortos e milhões de deslocados e refugiados.