Ataques contra embarcações venezuelanas são questionados no Congresso americano, diz professor
Segundo especialista, acirramento das tensões entre os dois países tem dividido a própria base do presidente Donald Trump
Internacional|Do R7
Não é questionável que se aborde os traficantes, diz Vitelio Brustolin, professor de relações internacionais, sobre as ofensivas dos Estados Unidos nas proximidades da Venezuela. “Que se use, por exemplo, embarcações como guarda-costeira para ir até essas lanchas, revistar as lanchas, retirar drogas, prender até os traficantes. Não é essa a questão. A questão é matar”.
Em entrevista ao Conexão Record News, o pesquisador cita um episódio em setembro, quando o secretário de Guerra norte-americano teria dito para “matar todos” em um ataque a uma embarcação que supostamente transportava drogas. A ordem teria sido seguida à risca pelo comandante da ação, que ordenou um segundo bombardeio contra sobreviventes na água.

“Isso tem sido questionado no Congresso, inclusive, por republicanos, o partido do Trump, porque alvejar pessoas que já estão imobilizadas ou que já não tem como alvejar quem atacou é um crime de guerra”, diz Brustolin. O barco já tinha sido afundado no momento do segundo ataque, sob ordem que Pete Hegseth nega ter dado.
Nos últimos desdobramentos da tensão entre os países, o presidente Donald Trump disse que Nicolás Maduro deveria renunciar à presidência da Venezuela e deixar o país até a última sexta-feira (28). Em troca, o governo norte-americano ofereceria garantias de que a saída dele e de sua família fosse feita em segurança.
O líder venezuelano não aceitou a proposta e, durante um evento na capital Caracas, disse que vai permanecer firme no cargo. Fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters dizem que Maduro pediu anistia legal e completa e a remoção de todas as sanções de Washington, o que foi recusado por Trump.
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