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Ataques do Hamas configuram atos de terrorismo, diz especialista

Ele ressalta que o grupo está mirando alvos civis em Israel, enquanto o Exército Israelense visa alvos apenas militares

Internacional|Eugenio Goussinsky, do R7

Centenas de mísseis do Hamas foram lançados
Centenas de mísseis do Hamas foram lançados Centenas de mísseis do Hamas foram lançados

O lançamento de foguete do Hamas nos conflitos que ocorriam em Jerusalém provocou uma reação de Israel, que age de forma totalmente diferente da do grupo terrorista, de acordo com a própria definição de Israel, Estados Unidos e outros países, segundo André Lajst, cientista político e diretor executivo da ONG StandWithUs Brasil.

Ele reitera que o objetivo do Hamas é acertar alvos civis em Israel. Várias cidades entraram em toque de recolher, com seus moradores se direcionando a abrigos (bunkers), passando horas de tensão enquanto centenas de mísseis sobrevoam os céus das cidades. Tal situação, configura terrorismo, lembrou Lajst, com base em definições de entidades como a ONU, durante Assembléia Geral.

"A definição internacional para terrorismo diz respeito a qualquer ação violenta, intencional e deliberada, promovida por motivos ideológicos, políticos ou religiosos contra civis. O Hamas está fazendo exatamente isso", destacou Lajst.

Israel, por sua vez, está se defendendo de uma maneira legítima, sem mirar em alvos civis, buscando apenas acertar os autores e responsáveis pelos ataques, realizados desde a Faixa de Gaza.

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"Israel está mirando em quem está atirando contra os civis em seu território. Israel tem um exército legítimo e no momento que entra em um conflito, pode utilizar destas ferramentas legítimas de seu exército, contra aqueles que estão atacando os civis do país. Os alvos de Israel não são civis na Faixa de Gaza. Israel está mirando em postos de controle, armazéns, escritórios do Hamas, carros com responsáveis pelos ataques, buscando sempre poupar civis. Às vezes os civis são pegos em fogo cruzado e Israel sempre lamenta esses ocorridos", ressalta.

Os conflitos em Jerusalém, até então, tinham um caráter mais regional, voltado a questões da relação entre árabes, que residem em Jerusalém, e judeus na cidade. Algumas brigas entre grupos ocorreram após jovens árabes publicarem em redes sociais algumas agressões a judeus. Grupos de extrema-direita judaicos, então, reagiram, o que mobilizou a intervenção da polícia.

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"Devo lembrar que esses ataques a judeus civis são algo sem precedentes em Israel. Não são manifestações contra entidades, diante do Parlamento, contra policiais. São agressões a civis. Lembram ataques antissemitas do tempo do nazismo, como a Noite dos Cristais (1938, na Alemanha). O governo israelense não irá permitir essas situações inadmissíveis".

No domingo, em função destes distúrbios, foram jogados coquetéis molotov e pedras contra a polícia, desde a mesquita de Al Aqsa, na Cidade Velha, levando o conflito e a intervenção policial a um local religioso.

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O que o Hamas fez, conforme afirma Lajst foi intensificar propositalmente esse conflito, e provocar novos, iniciando os ataques com mísseis, que já passaram de centenas. No rastro dessa situação, outras cidades, como Lod, que obrigou a polícia a recorrer a forças especiais, Akko, Haifa e Yafo, com presença árabe, tiveram conflitos.

"O Hamas tem interesse em criar caos em Israel. Quer passar a imagem de que está ao lado dos árabes em Jerusalém, também para tirar o poder da Autoridade Palestina. Para o Hamas, é bom fomentar mais um inimigo dentro de Israel, com o objetivo de dificultar ainda mais o país, tendo de combater em mais uma frente", ressalta.

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