Até 5.000 cubanos lutam ao lado das forças russas na Ucrânia, diz agência
EUA divulgaram um telegrama não confidencial, compartilhando detalhes sobre o apoio de Cuba à guerra da Rússia; Havana nega as acusações
Internacional|Do R7
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O governo dos Estados Unidos afirmou que o regime cubano está apoiando ativamente a invasão da Ucrânia pela Rússia e que entre 1.000 e 5.000 cubanos estariam lutando ao lado das forças de Moscou, segundo um telegrama interno do Departamento de Estado obtido pela agência Reuters. O documento, datado de 2 de outubro, foi enviado a dezenas de missões diplomáticas americanas com instruções para fazer lobby contra uma resolução da ONU que pede o fim do embargo econômico imposto a Cuba.
De acordo com o telegrama, os diplomatas foram orientados a alertar governos estrangeiros de que o apoio de Havana à guerra da Rússia representa uma ameaça à segurança internacional. O texto também acusa o governo cubano de desperdiçar recursos, violar direitos humanos e minar democracias na América Latina.
“Depois da Coreia do Norte, Cuba é o país que mais contribui com tropas estrangeiras para a agressão da Rússia, com cerca de 1.000 a 5.000 cubanos lutando na Ucrânia”, diz o documento. O Departamento de Estado não forneceu detalhes adicionais sobre os combatentes, mas confirmou estar ciente de relatos de que cidadãos cubanos têm sido recrutados para atuar nas frentes de combate.
Leia mais:
As autoridades americanas disseram ainda que Cuba estaria utilizando a votação anual da ONU sobre o embargo como um “mecanismo de vitimização”.
O telegrama também orienta os diplomatas a pedirem que países aliados se oponham à resolução, tradicionalmente apoiada pela maioria da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em 2024, o texto recebeu 187 votos favoráveis, com apenas Estados Unidos e Israel votando contra.
Desde que retornou à Casa Branca, em janeiro, Donald Trump ampliou as sanções contra Cuba, restabelecendo sua inclusão na lista de patrocinadores do terrorismo, endurecendo restrições financeiras e punindo empresas e cidadãos estrangeiros que mantêm vínculos com o governo cubano.
Havana nega as acusações e responsabiliza o embargo americano pela crise econômica que atravessa, marcada por escassez, inflação e colapso de serviços básicos. O chanceler cubano Bruno Rodríguez afirmou recentemente na ONU que os Estados Unidos usam o combate ao narcotráfico como “pretexto grosseiro e ridículo” para justificar ações militares no Caribe e pressionar governos da região.
Perguntas e Respostas
Qual é a afirmação do governo dos Estados Unidos sobre Cuba e a Ucrânia?
O governo dos Estados Unidos afirmou que o regime cubano está apoiando a invasão da Ucrânia pela Rússia, com a estimativa de que entre 1.000 e 5.000 cubanos estariam lutando ao lado das forças russas.
O que diz o telegrama interno do Departamento de Estado?
O telegrama, datado de 2 de outubro, foi enviado a missões diplomáticas americanas com instruções para fazer lobby contra uma resolução da ONU que pede o fim do embargo econômico imposto a Cuba. Os diplomatas foram orientados a alertar que o apoio de Havana à guerra da Rússia representa uma ameaça à segurança internacional.
Quais acusações são feitas contra o governo cubano no documento?
O documento acusa o governo cubano de desperdiçar recursos, violar direitos humanos e minar democracias na América Latina.
Qual é a posição do Departamento de Estado sobre os combatentes cubanos?
O Departamento de Estado confirmou estar ciente de relatos de que cidadãos cubanos têm sido recrutados para atuar nas frentes de combate, mas não forneceu detalhes adicionais sobre esses combatentes.
Como Cuba está utilizando a votação da ONU sobre o embargo?
As autoridades americanas afirmam que Cuba estaria utilizando a votação anual da ONU sobre o embargo como um "mecanismo de vitimização".
Qual foi a votação da resolução da ONU em 2024?
Em 2024, a resolução recebeu 187 votos favoráveis, com apenas os Estados Unidos e Israel votando contra.
O que Donald Trump fez em relação às sanções contra Cuba?
Desde que retornou à Casa Branca, em janeiro, Donald Trump ampliou as sanções contra Cuba, restabelecendo sua inclusão na lista de patrocinadores do terrorismo e endurecendo restrições financeiras.
Qual é a resposta de Cuba às acusações feitas pelos Estados Unidos?
Havana nega as acusações e responsabiliza o embargo americano pela crise econômica que enfrenta, marcada por escassez, inflação e colapso de serviços básicos. O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, afirmou que os Estados Unidos usam o combate ao narcotráfico como um "pretexto grosseiro e ridículo" para justificar ações militares no Caribe.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
