Aumento de surtos no início do verão europeu preocupa Espanha
Número de casos aumentou em asilos, regiões com trabalhadores sazonais, casos importados e aglomerações de jovens. País suspendeu quarentena
Internacional|Da EFE
A Espanha está vendo um aumento no número de casos de coronavírus, dias após ter suspendido as restrições. O país está trabalhando para abrir as fronteiras durante o verão e reaquecer a economia e o turismo.
Nas últimas horas, foi registrado um aumento de surtos do novo coronavírus em diferentes regiões, focados em asilos, em regiões agrícolas onde atuam trabalhadores sazonais e nos casos "importados".
Além disso, as autoridades locais também mostram preocupação com as grandes concentrações de jovens no início das férias do verão europeu.
Esses surtos, mais de uma dúzia, ocorrem após o fim das limitações de mobilidade que começaram no último domingo, após 98 dias de estado de alarme, com a pandemia do coronavírus ter causado na Espanha 28.325 mortes e 246.752 infecções confirmados com testes do tipo PCR, de acordo com dados oficiais.
Focos de coronavírus
Os asilos continuam sendo o foco principal da doença na Espanha, onde foram detectados o maior número de casos.
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Mas agora também são as fazendas que, durante o verão europeu, recebem milhares de trabalhadores sazonais que colhem as frutas da estação, especialmente em Aragão (norte), onde quatro regiões voltaram a tomar medidas para limitar a circulação.
Até agora, também foram detectados dois surtos com origem em dois casos importados, um do Brasil e outro da Bolívia, no momento em que a pandemia está em plena expansão na América Latina.
Mas há também preocupações sobre as concentrações maciças de jovens sem qualquer tipo de proteção, levando a um aumento de casos nesse grupo populacional.
Para evitar esse risco, por exemplo, as autoridades de áreas costeiras como Catalunha, Valência e Galiza fecharam ontem suas praias por ocasião da noite de San Juan, muito comemorada na Espanha.
Desde o início da suspensão das medidas de confinamento e depois com o fim das limitações de mobilidade, as autoridades de saúde têm insistido na necessidade de agir com prudência e manter medidas como o uso de máscaras ou a lavagem das mãos para evitar novos surtos.