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Autor de ataque em Paris se radicalizou e planejou ação

Segundo promotor, suspeito chegou a defender o atentado contra a redação da revista francesa "Charlie Hebdo", realizado em 2015, que deixou 12 mortos

Internacional|EFE

Homem matou quatro pessoas na sede da polícia de Paris
Homem matou quatro pessoas na sede da polícia de Paris Homem matou quatro pessoas na sede da polícia de Paris

O homem que matou quatro pessoas em um ataque com faca na sede da polícia de Paris, na última quinta-feira, teria se radicalizado após a conversão ao Islamismo, teve contato com extremistas e planejou a ação. É o que afirma o promotor antiterrorista Jean François Ricard.

Segundo o integrante do grupamento especial do Ministério Público da França, o autor do atentado, identificado até o momento como Mickael H., comprou duas facas, uma delas com lâmina de 33 centímetros, na manhã dos crimes, cometidos com grande violência e em sete minutos, segundo as investigações.

Além disso, ao longo do dia em que atacou a sede da polícia, o homem trocou 33 mensagens com a mulher, que teve a detenção prorrogada hoje pelas autoridades locais.

De acordo com a apuração do núcleo antiterrorismo, Mickael já havia manifestado apoio a atos violentos cometidos "em nome do islã", além de ter cortado qualquer contato com mulheres, mudado a forma de vestir.

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Além disso, em conversa com companheiro de trabalho, chegou a defender o atentado contra a redação da revista francesa "Charlie Hebdo", realizado em 2015, que deixou 12 mortos.

Segundo Ricard, o homem havia se convertido há cerca de dez anos e já foi constatado que ele mantinha contatos com integrantes do movimento extremista salafista.

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Nos computadores apreendidos na casa do autor do ataque, foram encontradas mensagens de texto trocadas com a mulher, horas antes da compra das facas, com frases como "Allahu Akbar" (Alá é grande, em árabe).

Diante da premeditação do ataque, da vontade do autor de morrer na ação e da radicalização, o Ministério Público da França abriu investigação por assassinato e tentativa de assassinato de autoridades públicas com finalidade terrorista, e também por associação criminosa.

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Essa última acusação também deve ser respondida pela mulher de Mickael, que foi presa pouco depois dos crimes terem sido cometidos.

De acordo com Ricard, o homem iniciou ataque contra dois colegas com que trabalhava no mesmo setor, o departamento de informática. As vítimas, de 50 e 38 anos, foram assassinados com "extrema violência". Em seguida, em oura sala, matou um homem de 37 anos.

A quarta vítima, de 39 anos, foi morta no pátio da sede da polícia, mesmo local onde um agente, que estava trabalhando no local atingiu Mickael com o tiro e o matou.

As revelações feitas pelo promotor neste sábado tiveram muita repercussão. A oposição chegou a pedir a renúncia do ministro do Interior, Christophe Castaner, que pouco depois dos crimes, descartou sinais de radicalização e de terrorismo.

O primeiro-ministro da França, Édouard Philippe, defendeu o titular da pasta, em entrevista cuja íntegra será publicada amanhã, no jornal "Le Journal du Dimanche".

"Tenho toda a confiança em Castaner, que informou, acima de tudo, o se que sabia naquele momento", afirmou o premiê.

Hoje, foi divulgado que o presidente do país, Emmanuel Macron, participará na próxima terça-feira de um ato em homenagem aos quatro mortos no ataque à sede da polícia em Paris, que fica próxima a Catedral de Notre Dame. 

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