Autoridades pró-Rússia acusam Ucrânia de atacar operações de retirada de civis em Kherson
Bombardeio teria matado quatro pessoas; porta-voz ucraniano nega uma ofensiva do país contra a população local
Internacional|Do R7
As autoridades pró-Rússia da região de Kherson, sul da Ucrânia, afirmaram nesta sexta-feira (21) que as forças ucranianas mataram quatro pessoas em bombardeios contra a ponte Antonivskiy, sobre o rio Dnipro, utilizada nas operações de retirada da população.
"Quatro pessoas morreram", afirmou o dirigente pró-Rússia Kirill Stremousov no Telegram.
"A cidade de Kherson, como uma fortaleza, está preparando sua defesa", acrescentou.
Uma porta-voz militar ucraniana, Nataliya Gumenyuk, negou que as tropas do país tenham matado quatro civis.
"Não atacamos infraestrutura crítica. Não atacamos localidades pacíficas nem a população local", disse.
As tropas pró-Moscou pediram aos civis que seguissem para a margem esquerda do rio Dnipro diante do avanço da contraofensiva da Ucrânia, que chamou a operação de "deportação" de seus cidadãos.
A administração pró-Rússia de Kherson afirmou durante a madrugada de sexta-feira que as forças ucranianas dispararam "12 foguetes Himars durante a passagem de civis pelas proximidades da ponte Antonivsky".
Um canal estatal de televisão russo exibiu imagens de um veículo danificado e do tráfego aguardando para atravessar a ponte.
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Na quinta-feira (20), Stremousov disse que quase 15 mil pessoas passaram pela ponte nas operações de retirada organizadas pelas forças apoiadas por Moscou.
Ele insistiu que a Rússia não entregará Kherson, a primeira grande cidade ucraniana a cair, em março, durante a ofensiva russa iniciada em fevereiro.
"Kherson resistirá até o último (homem). Acreditem, ninguém está pensando em entregar a cidade", disse.