Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Autoridades refutam ‘ligação definitiva’ entre ataques a Nova Orleans, Nova York e Las Vegas

Atentados às três cidades norte-americanos deixaram ao menos 16 mortos e cerca de 60 feridos. FBI fala em ‘terrorismo’

Internacional|Do R7, em Brasília

Atropelamento em Nova Orleans é definido como ato de "terrorismo" pelo FBI REPRODUÇÃO/RECORD NEWS1

No último dia de 2024, três ataques devastadores ocorreram em Nova Orleans, Las Vegas e Nova York, resultando em um total de, pelo menos, 16 mortos e cerca de 60 feridos. As autoridades chegaram a investigar se haveria alguma ligação entre os ataques em Nova Orleans e Las Vegas, dado que ambos os suspeitos tinham histórico militar e utilizaram o mesmo aplicativo, chamado Turo, para alugar os veículos usados nos ataques.

Mas o próprio FBI afirmou que não há elo entre os crimes.

“Neste momento, não há uma ligação definitiva entre o ataque aqui em Nova Orleans e o de Las Vegas”, disse Christopher Raia, oficial do FBI, a repórteres durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (2). E deixou claro que a investigação estava em seus estágios iniciais. Porém, fez questão de definir que o caso de Nova Orleans é “terrorismo”.

Leia mais

“Este foi um ato de terrorismo. Foi premeditado e um ato maligno”, apontou Raia. Imagens de vídeo gravadas pelo suspeito, segundo o integrante do FBI, sugeriram que Shamsud-Din Jabbar, veterano do Exército norte-americano, havia sido incorporado pelo Estado Islâmico. E dirigiu do Texas para Louisiana em 31 de dezembro, para realizar um ataque na Bourbon Street.


Jabbar teria declarado afiliação ao Estado Islâmico nas redes sociais. Raia disse que as imagens de vigilância mostraram o suspeito colocando dois dispositivos explosivos na cena.

Segundo o oficial antiterrorismo do FBI, o suspeito “foi 100% inspirado pelo ISIS [Estado Islâmico]”. Raia também afirmou que o mais provável é a ação solitária de Jabbar.


O governador da Lousiana, Jeffrey Martin Landry, explicou que a mudança de postura das investigações — de tentar encontrar uma conexão entre os ataques e praticamente descartar agora — fazem parte desse tipo de caso.

“Todo mundo vive num vídeo de 15 segundos do TikTok, achamos que a vida tem o ritmo que vemos nos nossos celulares, e não é assim. As informações mudam”, apontou o governador. Segundo ele, por isso se pede a paciência da imprensa.


Landry afirmou também que “ninguém monta um quebra-cabeças de mil peças em 5 segundos.”

“Temos ótimos homens e mulheres servindo no FBI, na polícia estadual de Lousiana, departamento de polícia de Nova Orleans, o xerife... Eles só querem proteger todos vocês e temos que confiar neles. [...] Agora, esse é um dos lugares mais seguros do mundo. O que não significa que tudo não pode mudar”, explicou.

Trump conecta ataques e imigração

Donald Trump, eleito presidente norte-americano e que deve assumir nos próximo dias, usou sua rede social, Truth Social, para afirmar que havia uma conexão entre imigração e os ataques.

“Com a ‘Política de Fronteira Aberta’ de Biden, eu disse, muitas vezes durante os comícios e em outros lugares, que o terrorismo islâmico radical e outras formas de crime violento se tornarão tão ruins na América que será difícil até mesmo imaginar ou acreditar. Esse momento chegou, só que pior do que nunca se imaginou”, escreveu Trump.

Como foram os ataques

No caso do ataque em Nova Orleans, um homem identificado como Shamsud-Din Jabbar dirigiu uma caminhonete em alta velocidade e invadiu uma área de pedestres na Bourbon Street, na virada do ano. O ataque deixou 15 mortos e pelo menos 35 feridos.

Jabbar, um veterano do exército dos EUA, foi morto pela polícia após abrir fogo contra os agentes. O FBI está investigando o incidente como um possível ato de terrorismo, e há suspeitas de que Jabbar não agiu sozinho.

Já em Las Vegas, um Tesla Cybertruck explodiu em frente ao Trump International Hotel, matando o motorista e ferindo ao menos sete pessoas. O veículo estava carregado com fogos de artifício e latas de combustível, e a explosão está sendo investigada como um possível ato de terrorismo.

Por fim, em Nova York, o tiroteio em massa ocorreu na noite do dia 31, em frente ao Amazura Concert Hall, no bairro de Queens. Dez adolescentes, com idades entre 16 e 19 anos, acabaram feridos quando quatro homens abriram fogo contra uma multidão que aguardava para entrar no local.

As vítimas foram levadas para hospitais locais e estão em condição estável. A polícia está em busca dos suspeitos, que fugiram em um sedã de cor clara com placas de outro estado.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.