Barbatana, dente e chifre: como o Facebook se tornou vitrine do tráfico de animais
Vendedores oferecem envio internacional, movimentando bilhões e ameaçando a sobrevivência das espécies
Internacional|Do R7
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O Facebook tem sido usado como vitrine para a venda de espécies em risco de extinção e partes de animais. Imagens mostram desde tigres em cativeiro até dentes e ossos à venda, enquanto vendedores oferecem envio internacional, inclusive para países com leis rígidas, como o Reino Unido.
Segundo uma reportagem da BBC, os comerciantes cobram preços altos por barbatana de tubarão, escamas de pangolim e até chifre de rinoceronte. Produtos como cavalos-marinhos secos também são vendidos como remédios ou tônicos, mesmo sem comprovação científica.
LEIA MAIS
Os preços variam: dentes de tigre podem chegar a 2.000 yuans (aproximadamente R$ 1.540) e ossos a 3.600 yuans (R$ 2.772) por quilo. As barbatanas de tubarão são anunciadas a cerca de US$ 50 (R$ 271) o quilo.
De acordo com a emissora, o comércio ilegal movimenta bilhões de libras por ano e pode ameaçar a sobrevivência das espécies. Pangolins, por exemplo, tornaram-se os mamíferos mais traficados do mundo, enquanto chifres de rinoceronte aparecem em mensagens privadas como se fossem produtos comuns.
A apuração destaca que a Interpol, por meio da Operação Thunder, reforçou a fiscalização global e apreendeu cerca de 30 mil animais vivos e 30 toneladas de parte de animal em 134 países. No Reino Unido, houve aumento de 73% nas apreensões de espécies exóticas em comparação com 2023, incluindo cobras, periquitos e tarântulas.
Já a Meta afirma que proíbe a venda de espécies ameaçadas e remove publicações irregulares, incentivando denúncias. Ainda assim, a rede social facilita o acesso a produtos ilegais, transformando-se em um mercado perigoso para animais que já correm risco de extinção.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp












