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Barreira de Corais não entra em lista de patrimônio em perigo

Austrália conseguiu evitar inclusão de ecossistema, apesar da preocupação com o impacto da mudança climática

Internacional|Do R7

Grande Barreira de Corais não entra em lista de patrimônio em perigo
Grande Barreira de Corais não entra em lista de patrimônio em perigo Grande Barreira de Corais não entra em lista de patrimônio em perigo

A Austrália evitou, nesta sexta-feira (23), que a Grande Barreira de Corais fosse classificada como patrimônio mundial "em perigo" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), apesar da preocupação com o impacto da mudança climática neste ecossistema.

Em uma reunião do comitê de Patrimônio Mundial da Unesco sob a presidência chinesa, os delegados votaram a favor do adiamento de uma decisão a esse respeito, seguindo o desejo do governo australiano.

"Agradeço, sinceramente, aos estimados delegados por reconhecerem o compromisso da Austrália para proteger a Grande Barreira de Corais", disse a ministra australiana do Meio Ambiente, Sussan Ley, em um comunicado enviado ao comitê.

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Em junho, esta agência cultural das Nações Unidas recomendou colocar o maior recife do mundo, uma joia do Patrimônio Mundial desde 1981, em sua lista de lugares em perigo pela deterioração dos corais em virtude do aquecimento global. 

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Na ocasião, o diretor do programa de Patrimônio Mundial da Unesco, Tim Badman, afirmou que a Grande Barreira de Corais cumpria, de "maneira inequívoca", os critérios para ser incluída na lista de locais em perigo.

"Apesar dos grandes esforços feitos pelo Estado-membro, tanto o atual 'status' de valor universal excepcional da Grande Barreira de Corais quanto a perspectiva de uma futura recuperação se deterioraram de maneira significativa", completou.

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"Janela de recuperação"

A ministra Sussan Ley viajou para Paris, onde fica a sede da Unesco, para fazer campanha junto aos Estados-membros do comitê. A Austrália chegou a convidar embaixadores para a prática de mergulho no Grande Barreira.

Além disso, o Instituto Australiano de Ciência Marinha (AIMS) garantiu que os corais se encontram em "uma janela de recuperação", após uma década de deterioração pelas altas temperaturas da água e pelos ciclones.

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Uma decisão similar sobre a Grande Barreira de Corais já havia sido adiada em 2015. À época, a Austrália também fez uma forte campanha e se comprometeu a investir milhões de dólares para proteger essa maravilha da natureza.

A inclusão na lista de sítios "em perigo" não é considerada uma sanção por parte da Unesco. Alguns países veem isso como uma forma de sensibilizar a comunidade internacional e ajudar a proteger seu patrimônio.

A Austrália viu essa possível decisão como negativa, temendo que pudesse minar o atrativo turístico deste recife, que se estende por 2.300 km e gera US$ 4,8 bilhões em receita para este setor no país.

O governo australiano enfrenta crescentes críticas internacionais por sua recusa a se comprometer com a meta de zero emissão dos gases causadores do efeito estufa até 2050.

O primeiro-ministro conservador Scott Morrison alega que espera cumprir este objetivo "logo que for possível", sem prejudicar a economia do país, fortemente dependente dos hidrocarbonetos.

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