Batalha de shows reflete tensão na fronteira Colômbia-Venezuela
Cerca de 250 mil pessoas são esperadas no evento gratuito, que contará com apresentações de Alejandro Sanz, Maluma, Luis Fonsi e Carlos Vives
Internacional|Do R7
Tensões na fronteira entre Colômbia e Venezuela em relação à entrada de ajuda para aliviar a escassez generalizada de alimentos e remédios no país socialista serão acompanhadas por música na sexta-feira (22), com shows nos dois lados da fronteira.
O bilionário britânico Richard Branson está apoiando o "Venezuela Aid Live" na cidade colombiana fronteiriça de Cúcuta, onde ele e 35 artistas esperam arrecadar US$ 100 milhões (equivalente a mais de R$ 373 milhões) para ajuda alimentar e médica.
Cerca de 250.000 pessoas são esperadas no evento gratuito, que contará com apresentações de Alejandro Sanz, Maluma, Luis Fonsi e Carlos Vives. As doações serão recebidas online e por meio de depósitos diretos.
Show dos dois lados da fronteira
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Enquanto isso, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que nega qualquer crise em seu país, está planejando dois shows perto de Cúcuta, nas pontes fronteiriças de Tienditas e Simón Bolívar, que ligam a Venezuela à Colômbia.
Sob alegação de que a ajuda não é necessária, Maduro se recusou a permitir auxílio internacional na Venezuela, apesar de prateleiras de supermercados muitas vezes vazias, longas filas para alimentos subsidiados pelo governo e hospitais carentes de suprimentos básicos e remédios.
A turbulência política e o colapso econômico, incluindo a hiperinflação, colocaram a Venezuela em uma espiral descendente.
O evento em Tienditas acontecerá perto de um depósito colombiano que armazena centenas de toneladas de ajuda humanitária internacional que a oposição pretende trazer para a Venezuela no sábado.
O líder da oposição, Juan Guaidó, reconhecido como líder legítimo da Venezuela por dezenas de países, deixou Caracas em uma comitiva de simpatizantes na quinta-feira, prometendo garantir pessoalmente a entrada de ajuda na Venezuela.
Guaidó, que invocou a Constituição para assumir uma presidência interina em janeiro e que denuncia Maduro como usurpador, não forneceu detalhes sobre seus planos. Alguns analistas políticos especularam que soldados venezuelanos podem barrar o caminho.