Bélgica pede a cidadãos do país que deixem Irã por 'riscos de detenção arbitrária'
Trabalhador humanitário belga Olivier Vandecasteele foi detido no país em fevereiro e condenado a 28 anos de prisão pela Justiça
Internacional|Do R7
A Bélgica estimulou neste domingo (18) os cidadãos a deixar o Irã o mais rápido possível devido aos crescentes "riscos de detenção arbitrária" após a condenação do trabalhador humanitário belga Olivier Vandecasteele.
"Qualquer visitante belga, incluindo binacional, se expõe a um alto risco de prisão, detenção arbitrária e julgamento injusto. Esse risco também afeta as pessoas que simplesmente visitam o Irã como turistas", alertou o Ministério das Relações Exteriores belga em um comunicado.
As autoridades anunciaram na quarta-feira que o Irã havia imposto uma sentença de 28 anos de prisão a Vandecasteele, detido em fevereiro. O anúncio reacendeu o debate em torno de um tratado bilateral entre os governos belga e iraniano sobre a troca de prisioneiros.
Opositores do Irã pediram que o acordo não fosse implementado, pois alegaram que havia sido projetado para permitir a libertação do diplomata iraniano Asadollah Assadi, condenado no ano passado a 20 anos de prisão na Bélgica.
Assadi foi condenado por um tribunal belga por fornecer explosivos a um casal que viajaria à França para atacar uma reunião de exilados iranianos.
O acordo de troca foi suspenso por um tribunal belga, e uma decisão deve ser tomada nos próximos três meses.