Biden anuncia Janet Yellen como próxima secretária do Tesouro
Presidente eleito, que só assume cargo em janeiro de 2021, está montando equipe. Na última semana, ele anunciou nomes para política externa
Internacional|Da EFE
O democrata Joe Biden, virtual vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira os membros de sua eventual equipe econômica na Casa Branca, entre eles Janet Yellen como secretária do Tesouro.
Como secretário adjunto do Departamento do Tesouro, Biden escolheu Wally Adeyemo. A equipe econômica ainda conta com Neera Tanden, como diretora do Escritório de Administração e Orçamento; Cecilia Rouse, como presidente do Conselho de Assessores Econômicos; e Jared Bernstein e Heather Boushey, como membros do Conselho de Assessores Econômicos.
Se confirmada pelo Senado, Yellen será a primeira mulher a dirigir o Departamento do Tesouro em seus 231 anos de história, e também a primeira pessoa a também ter exercido ao longo da carreira a presidência do Conselho de Assessores Econômicos e do Federal Reserve (Fed, banco central).
Como secretária do Tesouro, ela será responsável por liderar o trabalho do futuro governo na recuperação econômica da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, que deixou milhões de pessoas desempregadas.
Como presidente do Fed entre 2014 e 2018, ela se destacou, entre outras fatores, por prestar mais atenção do que de costume à função de promover um mercado de trabalho forte, além de manter a inflação, o que rendeu críticas de republicanos que consideravam que ela estava passando dos limites.
Junto a Yellen no Tesouro estará Adeyemo, especialista em política macroeconômica e proteção ao consumidor com vasta experiência em segurança nacional.
Além de Yellen, Tanden também pode marcar época ao ser confirmada como diretora do Escritório de Administração e Orçamento, tornando-se a primeira mulher de origem indiana a liderar o departamento.
Até então presidente e diretora executiva do think thank Center for American Progress, Tanden foi escolhida por Biden para chefiar um escritório responsável pelos gastos e planos políticos do governo, desde a elaboração de propostas orçamentárias da Casa Branca até a redação de iniciativas de políticas nacionais e a aprovação dos testemunhos da maioria dos funcionários do governo perante o Congresso.
A seleção de Rouse também marca outra nomeação sem precedentes, e que também deve ser aprovada pelo Senado. Ela pode se tornar a primeira negra a dirigir o Conselho de Assessores Econômicos em seus 74 anos de história.
Rouse é economista e decana da Escola de Assuntos Públicos e Internacionais da Universidade de Princeton, e já foi membro do órgão que agora poderá comandar.
Bernstein e Boushey, escolhidos para o Conselho de Assessores Econômicos, foram, respectivamente, economista-chefe nos primeiros anos de mandato de Barack Obama, e cofundador do Washington Center for Equitable Growth.