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Biden anuncia os escolhidos para compor equipe de política externa

Antony Blinken será secretário de Estado na próxima gestão e Linda Thomas-Greenfield será a embaixadora dos Estados Unidos na ONU

Internacional|Da EFE

Presidente eleito dos EUA, Joe Biden
Presidente eleito dos EUA, Joe Biden

O democrata Joe Biden, virtual vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira (23) Antony Blinken como futuro secretário de Estado e Linda Thomas-Greenfield como escolhida para ser a embaixadora do país na ONU, além do ex-secretário de Estado John Kerry como enviado presidencial para o Clima.

Blinken, de 58 anos, e que costuma ser chamado pelo apelido 'Tony', é um dos assessores mais próximos de Biden e trabalho como "número dois" do Departamento de Estado durante os dois últimos anos da presidência de Barack Obama.

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A escolha por Blinken não é surpreendente: era o nome mais cogitado junto com os da ex-assessora de Segurança Nacional da Casa Branca Susan Rice e do senador democrata Chris Coons.

Blinken, que fala francês fluente e toca violão no tempo livre, terá a missão de aproximar novamente o país de seus aliados e fóruns multilaterais dos quais se distanciou sob a presidência de Donald Trump.


Se confirmado pelo Senado, Blinken terá em suas mãos a gestão dos planos de Biden para reintegrar os EUA ao Acordo de Paris sobre o clima, ao acordo nuclear com o Irã e à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Descrito por alguns como um centrista com uma certa tendência intervencionista, Blinken acredita no acolhimento de refugiados por parte dos EUA e, há alguns meses, disse que, se Biden chegasse ao poder, tentaria aumentar a ajuda a Guatemala, Honduras e El Salvador para tratar das causas fundamentais da imigração ilegal para o norte.


Sobre a Europa, Blinken defende que os EUA reconheçam o velho continente como um aliado "ao qual recorrer como primeiro recurso, não como o último, quando se trata de enfrentar desafios", disse em uma palestra em julho no Instituto Hudson.

Blinken trabalha com Biden há quase duas décadas, primeiro como assessor sênior, quando o agora candidato estava no Comitê de Relações Exteriores do Senado, e depois como assessor de segurança nacional quando se tornou vice-presidente.


O diplomata, que é judeu e parente de um sobrevivente do Holocausto, reconheceu que o futuro governo de Biden pode dedicar menos recursos ao Oriente Médio do que os anteriores, dado o trabalho que ainda há de ser feito em outras áreas.

Biden escolheu Linda Thomas-Greenfield, de 68 anos, para ser embaixadora dos EUA na ONU. Espera-se a veterana diplomata, que é negra, ajude a restaurar a confiança e o profissionalismo no Departamento de Estado, com ênfase na diversidade.

Thomas-Greenfield teve uma longa carreira diplomática em vários governos americanos. No passado, foi embaixadora na Libéria e secretária adjunta do Departamento de Estado para assuntos africanos entre 2013 e 2017.

Com a chegada de Trump ao governo, em janeiro de 2017, ela decidiu sair da carreira diplomática e começou a trabalhar para a empresa de consultoria Albright Stonebridge Group, onde era vice-presidente sênior.

Para o recém-criado cargo de enviado presidencial para o Clima, Biden também selecionou outro veterano, o ex-secretário de Estado John Kerry.

O ex-senador de Massachusetts e ex-candidato presidencial terá assento no Conselho de Segurança Nacional neste novo cargo. Na verdade, esta será a primeira vez que o Conselho Nacional de Segurança terá um funcionário dedicado exclusivamente à crise climática.

Kerry, de 76 anos, desempenhou um papel fundamental na negociação do Acordo de Paris em 2015, do qual Trump retirou oficialmente os EUA há algumas semanas.

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