Meio Ambiente

Internacional Biden anuncia plano de proteção de florestas em escala global

Biden anuncia plano de proteção de florestas em escala global

Presidente dos Estados Unidos mobilizará o equivalente a R$ 51,1 bilhões até 2030 para restaurar a biodiversidade do planeta

Agência EFE
Biden garantiu que o programa será "o primeiro desse tipo"

Biden garantiu que o programa será "o primeiro desse tipo"

Reprodução/YouTube

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26) um plano global de proteção de florestas, que contará com todas as ferramentas do governo do país, diplomáticas e financeiras.

O líder americano, durante evento sobre o tema, garantiu que o programa será "o primeiro desse tipo" e que, com ajuda do Congresso dos EUA, mobilizará US$ 9 bilhões (R$ 51,1 bilhões) até 2030, para proteger e restaurar a biodiversidade do planeta, enquanto buscará atrair financiamento da iniciativa privada.

"Vamos garantir que os mercados reconheçam o verdadeiro valor econômico dos sequestradores naturais de carbono e motivar os governos, proprietários de terra e outros envolvidos a priorizar a preservação", afirmou Biden.

"Os Estados Unidos vão liderar, com seu exemplo em nível nacional, e apoiarão outras nações com florestas e países em desenvolvimento a estabelecer e alcançar ambiciosas metas de preservação e restauração", completou.

Biden garantiu que o desmatamento deve ser enfrentado "com o mesmo processo sério aplicado à descarbonização da economia", porque, segundo ele, "as florestas podem ajudar a reduzir as emissões em mais de um terço".

No mesmo evento, realizado durante o segundo dia da COP26, o fundador e presidente da companhia americana Amazon, Jeff Bezos, prometeu US$ 2 bilhões (R$ 11,3 bilhões) para a proteção da terra na África, através da fundação Bezos Earth Fund.

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"Dois terços da terra na África estão degradados, mas isso pode ser revertido", garantiu o empresário.

A restauração dos recursos naturais, segundo Bezos, "pode melhorar a fertilidade do solo, aumentar o rendimento dele, melhorar a segurança alimentar e o acesso à água, criar empregos, impulsionar o crescimento econômico", enquanto ocorre a absorção de carbono.

O grande anúncio de hoje da COP26, no entanto, foi a assinatura de cerca de 100 líderes mundiais — de países que representam 85% das florestas do mundo — de uma declaração de comprometimento em interromper e reverter o processo de desflorestamento e a degradação da terra até 2030.

O documento tem a assinatura do Brasil, assim como a dos Estados Unidos, China, Reino Unido e União Europeia, entre outros, e é acompanhado de um financiamento para frear o recuo das massas florestais.

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