Biden aprova lei que determina mais sanções contra a Nicarágua
EUA esperam que nações da América Latina façam pressão contra o presidente Daniel Ortega, eleito pela quarta vez consecutiva
Internacional|Do R7
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou nesta quarta-feira (10) uma lei que propõe mais sanções e outras medidas punitivas contra o governo do presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, que ampliou o domínio no poder em uma eleição que a Casa Branca denunciou como farsa.
Biden sancionou o projeto uma semana após sua aprovação final pelo Congresso dos EUA com apoio bipartidário esmagador. O presidente norte-americano assegurou que Ortega orquestrou a votação de domingo (7) como uma "eleição pantomima que não foi livre nem justa".
O governo Biden planeja anunciar novas sanções à Nicarágua "muito em breve", afirmou uma autoridade graduada do Departamento de Estado à Reuters na terça-feira (9), dizendo que seria apenas a primeira de uma série de medidas dos Estados Unidos que "aumentarão com o tempo".
Ortega, um ex-líder guerrilheiro marxista, conquistou seu quarto mandato consecutivo depois de prender rivais políticos e reprimir a mídia crítica em uma eleição que atraiu condenação internacional antes e depois de sua realização.
Na noite de segunda-feira (8), Ortega ridicularizou os críticos norte-americanos como "imperialistas ianques" e os acusou de tentar minar o processo eleitoral da Nicarágua. Cuba, Venezuela e Rússia ofereceram apoio a Ortega.
A Casa Branca anunciou a sanção do projeto de lei por Biden no momento em que membros da OEA (Organização dos Estados Americanos) se reuniam na Guatemala para um encontro previamente agendado, no qual os Estados Unidos estão trabalhando com outros países no que esperam ser uma resolução forte contra Ortega.