Biden cancela agenda e amplia rumor sobre ida a Israel após citar 'grande erro' estratégico em Gaza
Presidente dos EUA visitaria o Colorado nesta segunda-feira (16), mas permanecerá em Washington para discutir segurança nacional
Internacional|Do R7, com AFP e Reuters
A Casa Branca anunciou, nesta segunda-feira (16), o cancelamento de uma viagem que o presidente Joe Biden deveria fazer ainda hoje ao estado do Colorado, em um momento em que vários veículos da imprensa falam sobre uma possível visita a Israel nesta semana.
Biden permanecerá em Washington para "participar de reuniões sobre questões de segurança nacional", afirmou um breve comunicado do Executivo americano.
"Houve um convite do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu", disse nesta segunda-feira (16) a uma rede de televisão americana o porta-voz da Casa Branca, John Kirby. Porém, "não há nenhuma viagem da qual eu possa falar agora", acrescentou.
A intenção de Biden é "permanecer focado no que está acontecendo entre Israel e o Hamas", completou o porta-voz. O democrata, de 80 anos, tinha uma viagem prevista ao Colorado para visitar uma fábrica de torres eólicas.
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A imprensa americana garante que autoridades de Israel e dos Estados Unidos conversam sobre uma possível visita de Biden, que prometeu apoio "inquebrantável" depois dos ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro.
Essa não seria a primeira viagem de Biden a um país em guerra, já que, em fevereiro, ele esteve na Ucrânia depois de uma preparação para a visita mantida em absoluto segredo. O presidente americano também já visitou Israel em julho de 2022.
"Grande erro" em ocupação de Gaza
A possível visita de Biden a Israel tem como novo componente uma fala neste domingo (15) em que o presidente americano diz que qualquer movimento para ocupar novamente a Faixa de Gaza poderia ser um "grande erro".
Em uma entrevista ao programa de notícias da CBS 60 Minutes, Biden respondeu à pergunta se apoiaria uma ocupação de Gaza por parte de um aliado dos EUA: "Acho que seria um grande erro, [porque] o Hamas não representa todo o povo palestino". Mas invadir e "eliminar os extremistas" é um "requisito necessário", completou.
As tropas de Israel estão na fronteira e no aguardo para uma invasão terrestre como parte de sua resposta militar ao ataque do grupo palestino terrorista Hamas em 7 de outubro. O país do Oriente Médio declarou guerra ao bando e mantém os bombardeios no território de Gaza.
O governo de Netanyahu também advertiu mais de 1 milhão de pessoas ao norte de Gaza de que deveriam se deslocar para o sul antes da operação terrestre.
Americanos presos em Gaza
Os Estados Unidos disseram a seus cidadãos em Gaza que se aproximassem da passagem para que pudessem sair. O governo dos EUA estima que o número de cidadãos palestino-americanos com dupla cidadania em Gaza seja de 500 a 600.
Washington também está tentando garantir a libertação de 199 reféns que, segundo Israel, foram levados pelo Hamas a Gaza. Entre eles estão idosos, mulheres, crianças e estrangeiros, incluindo americanos.
O presidente dos EUA, Joe Biden, enviou ajuda militar a Israel, mas também enfatizou a necessidade de levar ajuda humanitária aos civis palestinos e pediu a Israel que siga as regras de guerra em sua resposta aos ataques do Hamas.
Mortos no conflito Israel x Hamas
Autoridades de Gaza disseram que, até o momento, pelo menos 2.750 pessoas foram mortas pelos ataques israelenses, um quarto delas crianças, e quase 10 mil ficaram feridas. Outras 1.000 pessoas estão desaparecidas e acredita-se que estejam sob os escombros.
À medida que a crise humanitária se agrava, com escassez de alimentos, combustível e água, centenas de toneladas de ajuda de vários países foram retidas no Egito enquanto se aguarda um acordo para a entrega segura a Gaza, bem como a retirada de alguns portadores de passaporte estrangeiro pela passagem de fronteira de Rafah.
No início desta segunda-feira (16), fontes de segurança egípcias disseram à Reuters que um acordo havia sido alcançado para abrir a passagem e permitir a entrada de ajuda no enclave.
Mas o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em um comunicado: "No momento, não há trégua nem ajuda humanitária em Gaza em troca da saída de estrangeiros".
O porta-voz militar chefe, contra-almirante Daniel Hagari, também disse que não havia cessar-fogo em Gaza e que Israel continuava seus ataques.
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