Biden defende novo pacote de ajuda: 'pessoas precisam agora'
Presidente eleito dos EUA quer que o Congresso aprove, antes do fim do ano, um novo pacote de estímulo econômico para os norte-americanos
Internacional|Da EFE
O democrata Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, defendeu nesta sexta-feira (4) a urgência de um novo pacote de estímulos para que os americanos possam contar com ajuda "agora" para enfrentar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus.
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"Se não agirmos agora, o futuro será muito sombrio. Os americanos precisam de ajuda agora e vão precisar ainda mais no início do próximo ano", disse Biden na cidade onde mora, Wilmington, no estado de Delaware, após a divulgação dos dados sobre o desemprego nos EUA correspondentes a novembro.
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Embora a taxa de desemprego tenha caído de 6,9% em outubro para 6,7% no mês passado, o político democrata reconheceu que os últimos dados apontam para "uma estagnação" da economia, enquanto o país vive uma redução dos contágios de covid-19.
"A falta de ação (...) prejudicará a economia, deixará cicatrizes na força de trabalho, reduzirá o crescimento e aumentará a dívida nacional", afirmou Biden, que deverá ser ratificado como presidente eleito após a votação do colégio eleitoral, no próximo dia 14, e passar a substituir Donald Trump à frente da Casa Branca no dia 20 de janeiro.
Congresso busca acordo
Após meses de paralisação nas negociações, os líderes democratas e republicanos do Congresso reconheceram que elas receberam um impulso para a criação de um novo pacote de estímulo econômico com a proposta apresentada nesta semana, que estipula um orçamento de US$ 908 bilhões (cerca de 4,7 trilhões).
Biden mostrou-se a favor desse plano, mas lembrou que "é apenas o começo", ao indicar que será necessário oferecer auxílios adicionais ao longo de 2021, até que a distribuição das vacinas atinja a maioria da população.
Os US$ 908 bilhões representam uma proposta intermediária entre os últimos projetos apresentados pelos democratas (US$ 2,4 trilhões, cerca de R$ 12,3 trilhões), que controlam a Câmara dos Representantes, e pelos republicanos (US$ 650 bilhões, cerca de R$ 3,3 trilhões), que controlam o Senado.
Atualmente, a covid-19 mata duas pessoas a cada minuto nos Estados Unidos, onde o número total de óbitos já ultrapassou a marca de 278.000, de acordo com os últimos dados da Universidade Johns Hopkins.
Além disso, mais de 14 milhões de casos já foram contabilizados no país pela universidade desde o início da pandemia.