Biden usará ‘sala de guerra’ para rebater acusações do Partido Republicano
Presidente dos EUA também fará ofensiva de mídia próximo ao local do debate nacional do partido adversário
Internacional|Do R7
A campanha de reeleição do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está planejando uma ofensiva de mídia agressiva nesta semana, ao mesmo tempo em que acontece o debate do Comitê Nacional Republicano (RNC, na sigla em inglês), evento que traz muita visibilidade ao partido, que atualmente está na oposição americana. O evento acontecerá na quarta-feira (23), na cidade de Milwaukee, em Wisconsin.
O Comitê Nacional Democrata (DNC, na sigla em inglês) lançará uma campanha com outdoors em Milwaukee, incluindo três outdoors em pé e um outdoor móvel, que será levado por um caminhão para circular pelos arredores do local do debate. Outro aspecto da campanha é uma "sala de guerra" administrada em conjunto pela campanha Biden-Harris e o DNC em Washington D.C, que servirá de palco para refutar os argumentos dos republicanos.
Antes do debate, o presidente do DNC, Haime Harrison, realizará eventos de engajamento político com eleitores negros em Milwaukee, incluindo um evento focado especificamente no público masculino. Enquanto estiver em Wisconsin, ele também participará de um evento com eleitoras em Waukesha e envolverá eleitores jovens em Madison. Depois do evento, Harrison e Cedric Richmond, o copresidente da campanha de Biden, darão uma coletiva de imprensa em uma refutação preparada ao debate.
A gerente de campanha de Biden, Julie Chavez, afirmou que o debate republicano desta semana "mostrará como os candidatos republicanos são extremos e distantes do povo americano". Ela acrescentou que, por esse motivo, a equipe está "usando o debate como uma oportunidade" para engajar os apoiadores.
Briga entre republicanos
O primeiro debate das primárias presidenciais republicanas será apresentado pela Fox News, e ainda não se sabe se o ex-presidente Donald Trump, o candidato mais esperado, comparecerá. Trump alegou ter preconceito contra a emissora e apontou sua liderança nas pesquisas, incluindo a mais recente, realizada pelo Sienna College em parceria com o jornal americano The New York Times, como motivo para não participar do evento.
Ele também recusou a insistência do RNC de que os participantes do debate assinassem uma promessa de lealdade ao eventual indicado, o que também foi criticado por vários outros republicanos. Segundo o jornal The New York Times, o mais provável é que o ex-presidente dos Estados Unidos conceda uma entrevista a um ex-jornalista da Fox News, no mesmo dia e horário do debate republicano.
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Até o momento, vários políticos do partido se qualificaram para participar do debate, como o governador da Flórida, Ron DeSantis; o senador Tim Scott; o governador de Nova Jersey, Chris Christie; a ex-governadora da Carolina do Sul Nikki Halley; o empresário Vivek Ramaswamy; e o governador da Dakota do Norte, Doug Burgum. DeSantis é o segundo favorito nas pesquisas, mas com uma desvantagem de 37 pontos em relação a Trump. No geral, Trump tem 54% da preferência do eleitorado conservador, enquanto DeSantis aparece com 17%.