Boeings acidentados não tinham sistemas opcionais de segurança
Segundo jornal The New York Times, dois softwares vendidos a parte teriam evitado quedas de aviões. Causa dos acidentes está sendo investigada
Internacional|Da EFE
Os aviões Boeing 737 MAX 8que caíram na Etiópia e na Indonésia não possuíam dois mecanismos opcionais de segurança que, em parte, poderiam ter ajudado os pilotos a evitar os acidentes, informou nesta quinta-feira (21) o jornal americano The New York Times.
A Boeing, que vende esses sistemas como um extra, decidiu incluir um deles como padrão após as catástrofes, informou a publicação nova-iorquina, citando uma fonte com conhecimento da decisão.
A empresa, no entanto, ainda não anunciou oficialmente nenhum movimento nesse sentido.
Segundo o jornal, nem o avião da Lion Air acidentado em outubro no Mar de Java nem o da Ethiopian Airlines que caiu agora em março contavam com esses sistemas opcionais de segurança, que não são exigidos pelas autoridades.
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Apesar das causas dos acidentes ainda não terem sido determinadas, especialistas apontam como possível motivo uma falha nos sensores que ativam um software projetado para melhorar a segurança na fase de ascensão das aeronaves, o que fez com que vários países vetassem temporariamente os voos dos 737 MAX 8 em seus espaços aéreos.
Segundo o New York Times, dois sistemas que a empresa americana vendia como opcionais poderiam ter ajudado a evitar os acidentes.
Um deles é um indicador do ângulo "de ataque", que mostra as medições dos dois sensores em questão, enquanto o outro é uma luz que é ativada quando as medições desses sensores não coincidem. A Boeing, que anunciou uma atualização do software, deve incluir essa luz em todos os novos 737 MAX, de acordo com uma fonte citada pelo jornal, mas o indicador do ângulo "de ataque" continuaria como um item opcional.
Segundo especialistas ouvidos pelo jornal nova-iorquino, os dois mecanismos são essenciais para a segurança e muito baratos de serem instalados.