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Bolívia endurece tom contra 'mega laboratórios' de cocaína

Governo afirmou que destruiu vários laboratórios em Chapare, região que é um bastião do ex-presidente Evo Morales

Internacional|Do R7

Folha de coca é cultivada na Bolívia
Folha de coca é cultivada na Bolívia

Rompendo com o passado, o governo da Bolívia reconheceu que o país está se tornando um pólo de produção de cocaína, em vez de um mero centro de transportes e produtor de folha de coca.

Junto com Colômbia e Peru, a Bolívia é amplamente reconhecida como líder na produção mundial de coca, matéria-prima da cocaína, mas o governo insistia havia tempos em que a produção de cocaína pronta para ser consumida era limitada no país.

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Em uma mudança de tom nesta semana, o governo afirmou que destruiu vários laboratórios, a maioria na região tropical de Chapare, uma das principais áreas de cultivo de coca e um bastião do ex-presidente de esquerda Evo Morales.

"Apenas em 2023, nosso governo destruiu mais de 27 megalaboratórios (na região) para a cristalização de cloridrato de cocaína", disse o ministro de Governo, Eduardo Del Castillo, a repórteres.


"Eles estão tentando fazer com que nossa nação se transforme de um país de trânsito de droga em um país produtor de droga", acrescentou, ao mostrar um mapa com cerca de 1.804 apreensões de fábricas de drogas desde 2020, a "grande maioria" em Chapare, disse.

Essa admissão destaca a pressão sofrida pelo governo, no exterior e internamente, para lidar com o assunto e também tensões entre o presidente socialista do partido MAS (Movimento ao Socialismo), Luis Arce, e Morales, seu principal rival dentro do partido e ex-líder sindical de produtores de coca em Chapare.

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