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Bolívia recebe avião-cisterna para combater incêndios florestais

Aeronave será utilizada durante pelo menos dez dias para conter as chamas que já arrasaram mais de 700 mil hectares de floresta e pasto

Internacional|Da EFE

Maior avião-cisterna do mundo é um Boeing 747 Supertanker
Maior avião-cisterna do mundo é um Boeing 747 Supertanker

A Bolívia recebeu na madrugada desta sexta-feira (23) o maior avião-cisterna do mundo, um Boeing 747 Supertanker, que será utilizado durante pelo menos dez dias para combater os incêndios que já arrasaram mais de 700 mil hectares de floresta e pasto.

A aeronave aterrissou no aeroporto internacional de Viru Viru, o maior do país, em Santa Cruz de la Sierra, após partir na quinta-feira de sua base em Sacramento, na Califórnia, segundo informou a emissora "Bolivia TV".

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"Com o Supertanker reforçamos as tarefas de nossas Forças Aéreas, da polícia, de governos subnacionais, instituições e voluntários que lutam heroicamente contra as chamas na Chiquitanía (região no leste da Bolívia)", escreveu no Twitter o presidente boliviano, Evo Morales.

O chefe de Estado indicou que diferentes instâncias dos governos nacional e regionais estão mobilizadas "para preservar a vida e a Mãe Terra".


O trabalho do Supertanker depende inicialmente de um relatório prévio para que depois seja avaliar e determinado "onde se justifica uma descarga tão grande", disse à imprensa o ministro da Defesa boliviano, Javier Zavaleta.

O avião-cisterna operará do aeroporto de Viru Viru e poderá realizar pelo menos quatro voos para as regiões onde o fogo estiver maior, dependendo da distância.


A aeronave tem capacidade para despejar 150 mil litros de gel, espuma ou água em uma área de três quilômetros de extensão e uns 50 metros de largura em uma só ação, segundo as autoridades bolivianas. O Supertanker reforçará o trabalho atualmente desempenhado por três helicópteros do Exército boliviano.

O último relatório do governo boliviano sobre os incêndios, realizado na quinta-feira passada, informa que pelo menos 1.817 famílias e mais de 700 mil hectares foram afetados pelos incêndios na região de Chiquitania, um dos polos turísticos da Bolívia onde estão as missões jesuíticas, patrimônio da Unesco.

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