Bombardeios do regime de Assad matam 17 civis na província de Idlib
Somente nesta segunda-feira (27), cerca de 150 ataques aéreos das forças leais ao governo foram registradas na província do norte da Síria
Internacional|Da EFE
Bombardeios do exército da Síria e de seus aliados contra o sul da província de Idlib, no noroeste do país, em nova ofensiva contra a área controlada por facções opositoras ao regime de Bashar al Assad, deixaram pelo menos 17 civis mortos.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos afirmou que nove civis, entre eles cinco mulheres e três crianças, morreram na cidade de Ariha em ataques aéreos e terrestres lançados por forças do governo.
Leia também: Conflitos na Síria deixam pelo menos 12 civis mortos
Apenas nesta segunda-feira (27), segundo o Observatório, as forças sírias lançaram quase 150 ataques aéreos contra essa região de Idlib, onde desde o último dia 30 de abril a violência se intensificou. A área é praticamente dominada pela Organização de Libertação do Levante, antiga Frente al Nusra, ex-filial síria da Al Qaeda.
Nas últimas semanas, as tropas de Damasco foram recuperando terreno das facções insurgentes no norte da província de Hama, que é a porta para Idlib, embora não se tenha anunciado oficialmente que exista uma operação militar para controlar o que é considerado o último bastião opositor na Síria.
Leia também
O presidente sírio, Bashar al Assad, e seu governo reivindicaram em várias ocasiões seu "direito" de controlar "cada centímetro" do território nacional e expulsar aqueles que chama de "terroristas", entre os quais inclui a ex-filial da Al Qaeda e a Frente Nacional para a Libertação.
Esta última é integrada principalmente por facções que operam sob o guarda-chuva do opositor Exército Livre Sírio, apoiado pela Turquia.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, expressou preocupação ao presidente russo, Vladimir Putin, pela escalada da violência em Idlib, que interpretou como uma tentativa de Damasco de sabotar a cooperação entre Moscou e Ancara na região.
A ONU indicou no último dia 24 de maio que mais de 200.000 moradores foram obrigados a deixar a região pela violência entre 1º e 16 de maio, em uma área na qual se estima que vivam três milhões de pessoas.