Brasileira em Paris relata momento de ataque a faca em sede da polícia
Stefanie Hanel estava no local para renovar seu visto quando foi impedida por policiais de sair e soube da morte da primeira vítima
Internacional|Bruna Vichi, do R7
A tarde desta quinta-feira (3) foi de tensão e luto para os franceses e os moradores de Paris. Um homem invadiu a sede da Polícia da capital da França armado de uma faca, vitimou quatro pessoas e foi morto a tiros por agentes.
O ataque provocou uma grande operação policial, testemunhada pela estudante brasileira Stefanie Hanel. Ela estava no prédio no momento do ataque por que precisava renovar seu visto para permanecer no país.
Em entrevista exclusiva ao R7, Stefanie contou o que viveu no momento do ataque.
Ela conta que foi de manhã ao local e que retornou por volta das 13 horas (8h do horário de Brasília), quando foi surpreendida pela movimentação de funcionários que corriam no local.
“Logo que eu entrei vi umas mulheres correndo na minha direção dizendo que tinha um homem com uma faca lá”, lembra.
Polícia bloqueou prédio
A movimentação durou cerca de 10 minutos e, depois, tudo parecia estar bem.
“As coisas ficaram mais tranquilas e voltamos às atividades normais. Eu fui para uma sala e consegui resolver o que eu precisava, foi muito rápido. Quando eu estava indo embora, eles fecharam as portas novamente e não deixaram ninguém sair. Deixaram a gente uma meia hora lá”, explica.
No segundo momento em que teve seu trajeto bloqueado dentro da prefeitura de Paris, Stefanie soube que alguém havia morrido. “Foi aí que comecei a ouvir o pessoal falar que uma pessoa tinha sido morta. E os policiais não deixavam ninguém sair."
Quarteirão fechado e ambulâncias
Meia hora após o bloqueio, Stefanie e todo o grupo que estava com ela foi evacuada do prédio. “Todo quarteirão ao redor da prefeitura estava fechado, havia policiais e ambulância lá”, conta.
Stefanie está há dois anos na França e conta que essa foi sua primeira experiência com um ataque como esse. “Eu vim para estudar e agora vou trabalhar aqui, mas foi a primeira vez que vivi algo do tipo. Quando eu soube [da morte das pessoas], eu não tinha certeza se era verdade. Foi muito estranho [receber a notícia], não sei dizer o que senti”, diz.
Além desta vítima, outras quatro pessoas foram mortas, incluindo o agressor. Na região, a estação de metrô Cité, da Linha 4, permanece fechada.