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Brasileiras falam sobre o dia-a-dia em áreas de quarentena na Europa

Países europeus estão há dias em quarentena por conta da pandemia de coronavírus; brasileiras em três desse locais falam de suas preocupações

Internacional|Cristina Charão, Giovanna Orlando, Fábio Fleury, do R7

Ruas praticamente vazias fazem parte do cotidiano da quarentena em Paris
Ruas praticamente vazias fazem parte do cotidiano da quarentena em Paris

Os problemas vividos por parte dos brasileiros, que começam a passar os primeiros dias em quarentena por conta do coronavírus, já foram sentidos em outros países, especialmente na Europa, que hoje é considerada o epicentro da pandemia. Escolas fechadas, prateleiras vazias, álcool gel e dias em casa já passaram a fazer parte da rotina nesses lugares.

Saiba como se proteger e tire suas dúvidas sobre o novo coronavírus

O R7 conversou com brasileiras que vivem em três países europeus que estão sob quarentena — Portugal, Alemanha e França — para saber de que maneira o surto de covid-19 modificou o dia-a-dia de dezenas de milhões de pessoas.

Notícias do front

.A carioca Rayanne Leal está literalmente em um dos "fronts" da guerra contra o coronavírus. Ela trabalha como enfermeira em um hospital em Münster, no noroeste da Alemanha, e tem vivido diariamente o combate contra a pandemia, e conta que todas as cirurgias não-emergenciais foram adiadas ou canceladas.


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"O objetivo dos hospitais alemães não é zerar a contaminação. Já foi falado que 60% a 70% da população será infectada em algum momento, o objetivo é conter a transmissão para grupos de risco não serem tão atingidos e as pessoas não ficarem doentes ao mesmo tempo, para os hospitais terem a capacidade de atender casos graves", explica Rayanne.

Segundo ela, com a mortalidade baixa e medidas rigorosas, a Alemanha tem conseguido bons resultados para conter o avanço da doença. "A mortalidade aqui está baixa, entre 0,1 e 0,2%. Por isso é importante o isolamento das pessoas em casa, pra evitar a disseminacao


“Cenário de guerra”

“Falaram na TV para a população se comportar como se estivesse em guerra mesmo”. É com essas palavras que Gláucia Trindade define a situação em Lisboa, capital de Portugal. “Está todo mundo muito tenso com essa situação toda, estamos em estado de emergência, com fronteiras fechadas, assim como shoppings, lojas e restaurantes.”

Funcionária de uma multinacional, ela relatou que até o início da semana, ainda comparecia ao trabalho. “Estava indo todo dia trabalhar com uma sensação de insegurança, muito nervosa com essa situação. Se não tivesse entrado em quarentena, faria voluntariamente..Seguia minha rotina normalmente, mas usando proteção, máscara, usando álcool gel 24 horas por dia, lavando a mão o tempo todo,


Questões familiares

Casada com um francês e com uma filha de 3 anos, Josely Gounine decidiu permanecer em Romainville, nos arredores de Paris, onde mora, por causa da família. De lá, ela conta como tem encarado a mudança de rotina e também de como o governo francês passou a encarar a pandemia.

“Eu tenho feito provisões desde a semana passada porque estou confinada desde que o governo declarou pandemia, na quarta (11). Consegui me preparar porque tem uma feira três dias por semana na frente do meu prédio, além de dois mercados próximos, mas de domingo para cá as prateleiras estão esvaziando. O governo diz que está fazendo tudo para não ter desabastecimento”, explica.

E além da mesa, agora ela tem outra preocupação. A sobrinha dela, que vive no sul da França, testou positivo para o coronavírus, logo após uma visita para outros familiares. E para piorar, o pai da menina é da Guarda Republicana, a divisão de elite da polícia francesa. Ou seja, além da família do marido, muitos policiais correm o risco de estar infectados.

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