Brasileiro é condenado à prisão na Austrália por agredir paquistanesa
Sentenciado a pena de nove anos e meio, Eduardo Santos Abrahão Filho jogou Mehreen Ahmad contra escada. Ela vive hoje em estado vegetativo
Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7
O brasileiro Eduardo Santos Abrahão Filho foi condenado a nove anos e meio de prisão pela Justiça da Austrália nesta quinta-feira (2), por tentativa de homicídio contra a paquistanesa Mehreen Ahmad em maio do ano passado. As informações são da rede de notícias australiana ABC News.
De acordo com a publicação, Abrahão Filho — que, à época do crime, tinha 27 anos — agrediu a estudante paquistanesa, de 31, nas escadas de incêndio de um edifício na cidade de Perth, provocando sérios danos cerebrais. Atualmente, Mehreen vive em uma cadeira de rodas em estado vegetativo.
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Agressão na escada
O brasileiro e a paquistanesa se conheceram em uma festa que ocorria em um apartamento em Perth. O promotor Paul Usher relatou ao tribunal que o par saiu junto da celebração para comprar cigarros e, ao voltar, a vítima teve sua cabeça chocada contra um chão de concreto antes de cair dois lances pela escada. A investigação concluiu que houve uma luta corporal entre Abrahão Filho e Mehreen.
O brasileiro fugiu da cena do crime, mas foi preso horas depois. Mehreen foi encontrada inconsciente sobre uma poça de sangue.
Versão da defesa
A advogada de defesa de Abrahão Filho, Linda Black, afirmou que as ações de seu cliente, 'por mais desprezíveis que fossem', não tinham a intenção de causar danos permanentes a Mehreen. Linda declarou que o brasileiro era trabalhador e nunca foi conhecido por ser uma pessoa violenta. Ela completou que ele pretendia passar a vida na Austrália, mas provavelmente seria deportado após a sentença de prisão.
A paquistanesa vive hoje em seu país natal em estado 'completamente irresponsivo', segundo depoimentos de familiares. Ela depende dos pais para comer e realizar suas necessidades básicas.
Em nota enviada ao R7, o Itamaraty afirmou que o setor consular da Embaixada do Brasil em Camberra não foi acionado até o momento em relação ao caso do brasileiro mencionado.