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Brasileiros relatam preparativos para enfrentar furacão Ida nos EUA

Nos Estados Unidos há 3 meses, brasileira disse que não tinha mais tempo de deixar casa; empresário foi com a família para a Flórida

Internacional|Carlos Eduardo Bafutto, Fausto Carneiro, Thais Rodrigues e Isabella Macedo, do R7, em Brasília

Morador do estado da Louisiana, que está na rota do furacão Ida, enfrenta chuva e vento neste domingo
Morador do estado da Louisiana, que está na rota do furacão Ida, enfrenta chuva e vento neste domingo Morador do estado da Louisiana, que está na rota do furacão Ida, enfrenta chuva e vento neste domingo

A brasileira Tania Barbero, que mora na cidade de Chalmette, a 15 quilômetros de Nova Orleans, nos Estados Unidos, um dos locais que estão na rota do furacão Ida, disse ter comprado combustível e alimentos para passar uma semana em casa por causa da tempestade, que atingiu a costa da Louisiana na manhã deste domingo (29). Ela está há três meses nos Estados Unidos, mas já havia morado por três anos antes no país.

Em entrevista ao R7 por vídeo, ela disse que as autoridades inicialmente estavam retirando moradores de áreas próximas ao rio Mississipi e pedindo que moradores de regiões mais afastadas se protegessem. Neste sábado, a orientação mudou: as autoridades pediram para que as pessoas deixassem a cidade e procurassem abrigos seguros. “Mas para a gente não dava mais tempo de sair”, afirmou.

Tania vive na cidade com o filho, engenheiro, e o irmão. Ela disse que o filho colocou fitas nas janelas da casa para evitar que estilhaços de vidro atingissem alguém caso quebrassem com os ventos. No momento em que ela falava com a reportagem, o vento já era forte na área em que vive. “Dá para ouvir a força do vento nas paredes”, afirmou (veja abaixo vídeo feito por ela a pedido do R7).

Esse é o segundo furacão que ela enfrenta. Tania disse que o primeiro, que ela não recordava o nome, deixou poucos danos na casa onde vivia e na região em que morava. “Mas esse, eles estão dizendo que vai ser mais forte. Vamos ver.”

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O empresário brasileiro Alan Roberto de Brito, de 38 anos, que mora em Nova Orleans há 20 anos, conta que saiu da cidade três dias antes do aviso do governo. Agora, está refugiado na Flórida.

"O governo é muito eficiente e nos avisou com bastante antecedência. Deu tempo de nos prepararmos", afirma.

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Brito vive com a mulher e três filhos nos EUA. Ele tem uma empresa de transportes e opera uma frota de caminhões. "Lá já está sem energia. Deixei tudo para trás. Espero que nada aconteça com minha casa nem com meus caminhões", disse.

O empresário afirmou que quando decidiu sair da cidade, o trânsito estava muito congestionado. Todas as pessoas estavam buscando um abrigo. "Percorri em nove horas uma distância que costumo percorrer em quatro horas", afirmou (veja o relato dele no vídeo abaixo).

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Procurado pelo R7, o Itamaraty informou não ter tido até o momento em que esta reportagem foi publicada pedidos de auxílio de brasileiros que vivem na região por onde o furacão deve passar.

Violência dos ventos

O Ida atingiu a costa americana neste domingo com ventos de 240 km por hora, exatos 16 anos depois que o furacão Katrina devastou a região de Nova Orleans, em 2005, deixando mais de 1,8 mil mortos e prejuízos superiores a US$ 120 bilhões.

Moradores do estado da Louisiana lotam aeroporto para escapar do furacão Ida
Moradores do estado da Louisiana lotam aeroporto para escapar do furacão Ida Moradores do estado da Louisiana lotam aeroporto para escapar do furacão Ida

Autoridades americanas anunciaram que o furacão ganhou força antes de atingir o solo, passando da categoria 3 para a 4 (em uma escala que vai até 5). Dois dias atrás, o prefeito de New Orleans, LaToya Cantrell, declarou que a tempestade representava um "dramático risco" para a cidade.

Imagem de satélite mostra o furacão ao se aproximar da costa norte-americana no sábado
Imagem de satélite mostra o furacão ao se aproximar da costa norte-americana no sábado Imagem de satélite mostra o furacão ao se aproximar da costa norte-americana no sábado

De acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), a tempestade se deslocava no sentido noroeste a uma velocidade de cerca de 20 km por hora e provocando ventos de até 241 km por hora.

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