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Busca por Titanic ajudou a disfarçar missão secreta dos EUA

Ex-comandante responsável pela expedição confessou que o real objetivo da busca era achar dois submarinos norte-americanos naufragados

Internacional|Carolina Vilela, do R7* com agências internacionais

Restos do Titanic foram encontrados em 1985
Restos do Titanic foram encontrados em 1985

As buscas pelo Titanic fizeram parte de uma missão secreta dos EUA para recuperar dois submarinos afundados no oceano. A revelação deste lado desconhecido da operação foram revelados pelo ex-comandante da Marinha dos EUA e responsável pela equipe que descobriu os restos do navio em 1985, Robert Ballard.

"Eles não queriam que o mundo soubesse o real motivo da expedição, então eu tive que ter uma história de capa", disse Ballard à rede de TV norte-americana CNN, nesta quinta-feira (13).

O ex-comandante foi consagrado pela descoberta dos destroços do famoso navio, que afundou em sua primeira viagem, que aconteceu em 1912.

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A expedição foi considerada um esforço puramente científico na época, mas tudo não passou de um truque.


Os detalhes desconhecidos da operação foram revelados pela National Geographic Society e serão motivo de uma exposição em Washington, aberta ao público a partir de 1 de janeiro.

Submarinos primeiro, Titanic depois


De acordo com os relatos de Ballard, a Marinha dos EUA ofereceu ao ex-comandante e cientista da Instituição Oceanográfica Woods Hole o financiamento e a oportunidade de procurar o navio naufragado na condição de que ele priorizasse a busca pelos submarinos USS Thresher e Scorpion, que afundaram em 1960.

"Sabíamos onde estavam os submarinos", disse Ballard. "O que eles queriam que eu fizesse era voltar ao local sem que os russos me seguissem, porque os EUA estavam interessados ​​nas armas nucleares que estavam no Scorpion e também saber o que os reatores nucleares estavam fazendo ao meio ambiente."


A equipe de Ballard encontrou os dois submarinos e teve mais 12 dias para ir atrás dos destroços do Titanic, que foi encontrado em uma profundidade de mais de 12 mil pés no Oceano Atlântico Norte. 

"Quando encontramos o navio, naturalmente ficamos muito animados, porque foi um trabalho difícil", disse Ballard.

A descoberta dos destroços chamou muita atenção da imprensa e, por isso, o verdadeiro propósito da expedição foi mantido em segredo. O ex-comandante afirmou que, na época, a imprensa estava "totalmente alheia ao que eu estava fazendo".

*Estagiária do R7 sob supervisão de Cristina Charão

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