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Buscas dos brasileiros na internet sobre Ucrânia e Rússia caem 97% e 96% no quarto mês de guerra

Dados do Google Trends mostram que, apesar de o conflito ainda não estar perto do fim, interesse sobre a guerra caiu

Internacional|Letícia Sepúlveda, do R7

Militares pró-Rússia dirigem tanque na região de Lugansk
Militares pró-Rússia dirigem tanque na região de Lugansk Militares pró-Rússia dirigem tanque na região de Lugansk

As buscas dos brasileiros na internet de informações sobre a Rússia e a Ucrânia despencaram desde o primeiro dia da invasão russa, em 24 de fevereiro, até este mês, quando a guerra completa quatro meses nesta sexta-feira (24), de acordo com dados do Google Trends.

Na comparação entre a primeira semana da guerra, de 24 de fevereiro a 2 de março, e a primeira semana do mês de junho, do dia 4 ao dia 10, as buscas com as palavras Ucrânia e Rússia foram 36 vezes (-97%) e 29 vezes (-96%) menores, respectivamente.

Apesar de o conflito armado já ter deixado 4.662 civis mortos e 5.803 feridos, além de7,7 milhões de refugiados, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), o interesse pela guerra não acompanha a gravidade da situação.

Na primeira semana da invasão, as buscas dos brasileiros por Ucrânia e Rússia bateram o recorde da série histórica do Google Trends, iniciada em 2004. A procura aumentou 16 vezes (+1.500%) e dez vezes (+910%), respectivamente, na comparação com a semana anterior ao início da guerra.

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Durante os primeiros dias do conflito, mais de 660 mil pessoas saíram da Ucrânia para buscar refúgio em países vizinhos, segundo a ONU. O ritmo de saída foi muito intenso, atingindo a marca de 2 milhões de refugiados em 7 de março, somente 12 dias após o início da invasão.

Segundo o Acnur (Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), a Polônia, Romênia, Hungria, Eslováquia e Moldávia são os principais destinos dos refugiados.

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Nesse mesmo contexto, no quarto dia de guerra, o presidente russo Vladimir Putin ordenou ao Exército do país que deixasse asforças nucleares em alerta, o que gerou grande expectativa global diante da ameaça de um conflito nuclear e do início de uma Terceira Guerra Mundial.

Com isso, o mês de fevereiro de 2022 teve 134 vezes mais buscas (+13.330%) pela Ucrânia e 18 vezes mais (+1.720%) pela Rússia em relação a fevereiro de 2021.

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Além disso, o período entre os dias 1º de janeiro e 31 de maio registrou alta de 4.100% na procura de informações sobre a Ucrânia e 470% sobre a Rússia em comparação com o mesmo período do ano passado.

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Entretanto, após atingir o pico na primeira semana de guerra, o interesse sobre o assunto continua caindo com o passar do tempo. 

O especialista Igor Lucena, doutor em relações internacionais pela Universidade de Lisboa e membro do Royal Institute of International Affairs, explica que, "como o Brasil está longe da Ucrânia e as Forças Armadas do país não desenvolvem um grande papel no conflito, houve essa diminuição de buscas".

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"Estamos nos aproximando do período de eleições e enfrentando uma inflação muito grande, por isso os brasileiros focam muito mais sua atenção nos problemas internos do pais", ressalta.

Mas o especialista acredita que, se o conflito escalar para outros países da Europa, trazendo novas consequências, poderá ocorrer a volta de um grande interesse sobre a situação.

Nesta quinta-feira (23), os membros da União Europeia decidiram conceder à Ucrânia a condição de país candidato ao bloco, enquanto a Rússia intensifica seus ataques na parte leste do país, principalmente na região separatista do Donbass.

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