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Carro-bomba deixa 8 mortos perto de palácio presidencial na Somália

Ataque acontece no momento em que autoridades travam disputa sobre demissões e nomeações dentro do aparato de segurança

Internacional|

Ataque foi reivindicada por grupo islâmico
Ataque foi reivindicada por grupo islâmico Ataque foi reivindicada por grupo islâmico

Oito pessoas morreram neste sábado (25) em Mogadíscio, a capital da Somália, em um ataque com carro-bomba em um posto de controle próximo do palácio presidencial, cuja autoria foi reivindicada por um grupo extremista islâmico, informou a polícia.

"Confirmamos que oito pessoas, a maioria civis, morreram e outras sete ficaram feridas após a explosão de um carro-bomba", disse à imprensa Mucawiye Ahmed Mudey, comissário do distrito de Hamar Jajab.

O ataque acontece no momento em que o chefe de Estado, Mohamed Abdullahi Mohamed, que também é conhecido como Farmajo, e o primeiro-ministro, Mohamed Roble, travam uma disputa, que já dura semanas, sobre demissões e nomeações dentro do aparato de segurança.

A explosão foi ouvida pouco antes das 11h locais (5h em Brasília) no cruzamento de Ceelgab, onde fica um dos principais pontos de controle que levam à "Villa Somalia", o palácio presidencial situado a um quilômetro de distância.

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Testemunhas relataram que iversos automóveis estavam parados, aguardando para serem inspecionados, no momento da detonação, e que muitas vítimas ficaram presas dentro dos veículos enquanto os mesmos queimavam. 

O carro-bomba explodiu "enquanto havia outros carros [parados] e gente passando pela rua adjacente", explicou Mohamed Hassan. Entre os mortos está Hibaaq Abukar Hassan, conselheira do primeiro-ministro sobre temas da mulher e dos direitos humanos, informou uma fonte oficial.

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O atentado foi reivindicado através de um breve comunicado pelo grupo Al Shabab, que é próximo da Al Qaeda e luta desde 2007 para derrubar o governo somali. 

O grupo realiza com relativa frequência ataques contra as forças de segurança e os dirigentes do país e chegou a controlar a capital por um período, até que foi expulso em 2011 pelas tropas da União Africana, mas ainda mantém controle de partes rurais do país.

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O chefe do Executivo somali condenou o atentado e homenageou as vítimas, sobretudo a sua colaboradora, "uma jovem dinâmica e trabalhadora, [...] uma cidadã dedicada". "Devemos cooperar na luta contra os impiedosos terroristas que, de maneira regular, matam o nosso povo", declarou em um comunicado Roble. 

O presidente e o primeiro-ministro travam uma disputa política que gera preocupação no país, pois coloca em perigo o frágil processo de eleição de um novo presidente, mas também porque tem seu epicentro na Agência Nacional de Inteligência e Segurança (Nisa, na sigla em inglês), o principal serviço na luta contra o Al Shabab. 

A destituição do chefe da Nisa, Fahad Yasin, amigo próximo de Farmajo, por decisão de Roble, após uma polêmica investigação sobre o desaparecimento de um agente da agência, chamado Ikran Tahlil, foi o episódio que motivou a disputa.

O serviço de inteligência acusou o Al Shabab pelo sumiço do agente, mas o grupo negou qualquer envolvimento, enquanto a família de Tahlil acusa a Nisa de estar por trás do desaparecimento. Após a destituição de Yasin pelo primeiro-ministro, Farmajo o nomeou como seu conselheiro de Segurança Nacional.

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