A Casa Branca está acompanhando de perto a possibilidade de violência nas manifestações convocadas para apoiar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que nesta terça-feira (4) encara uma audiência de acusação na Justiça de Nova York.
John Kirby, porta-voz da Casa Branca, ressaltou que nenhuma "ameaça ativa" foi detectada, mas que, como precaução, o governo americano está monitorando de perto a situação e em contato com autoridades estaduais e municipais caso precisem de ajuda.
"Estamos monitorando o mais próximo possível para estarmos preparados", disse Kirby em entrevista coletiva.
Kirby destacou que "a violência não tem lugar nos Estados Unidos", mas considerou que qualquer protesto pacífico oferece "muito valor" para a democracia do país.
A Casa Branca evitou comentar especificamente o caso envolvendo Trump. Um dia depois da formalização da acusação ser conhecida, na última quinta-feira (30), o presidente dos EUA, Joe Biden, respondeu a várias perguntas sobre o assunto com a mesma frase: "Não tenho nenhum comentário sobre Trump".
Nesta segunda (3), Biden também foi questionado sobre os protestos pró-Trump enquanto visitava as instalações em Minnesota de uma fábrica da empresa Cummins, que fabrica sistemas de combustível e geração de eletricidade.
Um repórter perguntou ao presidente se ele estava preocupado com a possibilidade de violência, ao que Biden respondeu: "Não, confio no Departamento de Polícia de Nova York".
A Polícia de Nova York pediu a todos os seus agentes em nota interna que estejam preparados para qualquer problema.
Cerca de 200 apoiadores de Trump convocaram uma manifestação no aeroporto de Palm Beach, no estado da Flórida, em apoio ao ex-presidente, que viajou para Nova York para comparecer à audiência.
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Além disso, haverá um protesto em Nova York no Collect Pond Park, localizado bem em frente ao tribunal de Manhattan ao qual Trump pode comparecer.
Esse protesto terá início às 12h (hora local), pouco antes da audiência do ex-presidente, e espera-se a participação da deputada republicana ultraconservadora Marjorie Taylor Greene, entre outros.
Temia-se que o indiciamento de Trump provocasse uma ida em massa de seus apoiadores para as ruas, mas até agora poucos protestos de apoio foram registrados.
Na quinta-feira passada (30), Trump tornou-se o primeiro ex-presidente dos EUA a ser acusado criminalmente. O caso envolve um suposto pagamento de suborno à atriz pornô Stormy Daniels, com quem o ex-presidente teria tido um caso em 2006, para que ela se calasse a respeito às vésperas das eleições de 2016, ele nega as acusações.
As acusações exatas pelas quais ele foi indiciado são desconhecidas porque a acusação está sob sigilo sumário, mas amanhã um juiz de Nova York as lerá para ele e possivelmente saberá exatamente do que ele é acusado e que sentença ele pode enfrentar.
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